Os tempos mudaram. Temos um mundo virtual onde não precisamos mais dos amigos fisicamente ao nosso lado, temos mais informação e acesso ao que acontece nos outros países e até economicamente nós evoluímos. Ou seja, as pessoas estão cada vez mais independentes. Uma das vantagens disso tudo é que ficamos com mais vontade de viajar. A desvantagem é que nem sempre temos companhia pra isso.
Sendo assim, sou uma grande defensora de viajar sozinho. Acredito que a falta de companhia não deve impedir você de fazer uma viagem.
Mas para essa viagem ser boa, ela depende de alguns fatores: escolha do destino, hospedagem, sua abertura para outras pessoas e culturas e principalmente se você se sente bem sozinho. E mesmo com tudo isso, alguns imprevistos acontecem e você deve estar preparado. Funciona assim para uma viagem com companhia também, mas viajando sozinho esses fatores todos se agravam.
Recebi um e-mail de uma leitora, a Patricia, me contando o quanto ela tinha o sonho de ir a Machu Picchu, decidiu ir sozinha e a viagem acabou se tornando um pesadelo. Vou colocar alguns trechos da história dela aqui porque acho que com suas frustrações conseguimos aprender bastante coisa:
Hospedagem
“(…) Quando fui escolher a hospedagem preferi um hostel mais tranquilo, mas que estava entre os primeiros no ranking do Trip Advisor. Não queria um hostel com festas todas as noites até tarde e não poder dormir direito. O hostel realmente é organizado e limpo, mas não promove nenhuma interação social. Fiquei num quarto de 4 camas e só via meus companheiros de quarto dormindo, o máximo que falavam eram um “hi”. Não tinha nenhum brasileiro no hostel (…)”.
Se você quer fazer amizades, o ideal é ficar em um hostel mais animado que costuma ter até uma “agenda” de atrações que acontecem durante a semana. Portanto promovem a interação entre os hóspedes (foi assim que conheci meu namorado, lembra?). Claro que nada garante que você vá fazer amizades só por ficar em um hostel com festas. Mas as chances são maiores. Eu diria que um hostel tranquilo é melhor para uma viagem mais introspectiva onde você não esteja muito preocupado em ter companhia.
Saúde
“Comecei a ficar ofegante andando poucos passos, tinha palpitação só de andar um pouco. Subir uma escada era um sacrifício, tinha dificuldades de respirar e sentia meu peito cheio de líquido, tossia muito. Comecei a ficar preocupada (…) No passeio do Valle Sagrado não saí da van, porque qualquer caminhada me cansava. Sei que é um dos passeios mais bonitos, mas eram lugares altos e com muitas escadas.”
Cusco pode causar esse problema do soroche por sua altitude. Portanto a minha dica é: chegando lá, compre um saquinho de folha de coca por 3 soles e mantenha-o com você a viagem toda. Mas o ponto aqui é: você corre o risco de ficar doente ou passar mal numa viagem. E estando sozinho, as coisas ficam piores. O importante é você estar preparado pesquisando sobre as questões de saúde do lugar (altitude, vacinas necessárias, higiene, comida diferente, alergias…). Não se esqueça de levar com você alguns remédios básicos e um seguro de saúde/viagem, em caso de emergência. Também acho uma boa, se você estiver mal, mudar sua hospedagem para um lugar onde se sinta confortável (um quarto privado, por exemplo).
Solidão
“Enfim, juntou todos os sintomas e a falta de companhia e realmente senti muito medo de estar doente num outro país. Tive medo de desmaiar na rua e me roubarem. Quase desisti de ir a Machu Picchu e só fui porque me falaram que lá é mais baixo e que iria me sentir melhor e foi o que aconteceu (…) Ainda bem que existe o whatsapp, me senti mais perto dos meus amigos, foi o que me ajudou a não me sentir tão sozinha”.
A solidão se agrava no momento em que você está doente e muitos outros sentimentos podem vir à tona numa situação dessas. Se a Patricia não tivesse ficado tão mal de saúde, talvez não tivesse se sentido tão sozinha.
Voltar pra casa
“Devido a tudo que passei, cancelei hostel, ônibus e passeios. Paguei multa para adiantar minha passagem para o Brasil. Os outros lugares que ia eram mais altos e mais frios e não podia arriscar minha saúde”.
Sinceramente acho que quando a viagem chega nesse ponto onde as coisas estão tão ruins que você não consegue revertê-las, a melhor opção é mudar seus planos. Viagens são para relaxar e se divertir. Se isso não está acontecendo e você só pensa em voltar pra casa, volte.
Aprendizado
“O que aprendi com esta viagem: de nada adianta você estar num lugar paradisíaco sozinha. Os amigos, família, namorado são as melhores companhias. Não é que eu nunca mais vá viajar sozinha, mas vou escolher melhor o destino, onde ficar, e sei que o meu mal-estar foi bem pior do que esperava (…). Vou guardar boas lembranças do Peru, mas infelizmente também más recordações (…). Não me arrependo de ter ido, mas definitivamente, ir acompanhada é bem melhor”.
A Patricia está certíssima quando diz que da próxima vez vai pesquisar melhor o destino e onde se hospedar. E ela sabe também que seu mal-estar do soroche piorou a viagem. Também entendo quando ela diz que viajar acompanhado é melhor. Mas no caso de não ter companhia, analise se você está preparado para uma viagem sozinho.
A solidão é cruel. Teve uma época da minha vida, morando fora do país, que eu era tão sozinha que todas as noites pensava que, se eu morresse, ninguém me encontraria. E naquele momento eu não poderia nunca fazer uma viagem sozinha porque iria me sentir mais solitária ainda. Mas apesar de ter sido uma fase complicada, foi o que me ajudou a amadurecer. Hoje, não me sinto mais assim e principalmente: fico plenamente confortável com a minha própria companhia e gosto de ficar sozinha. Isso me ajuda na hora de fazer uma solo trip. Portanto, meu conselho antes de fazer uma viagem dessas é se perguntar: “Eu me sinto confortável sozinho?”. Se a resposta for não, há grandes chances de você não curtir a viagem.
“A felicidade só é real quando compartilhada”, disse Christopher McCandless, do livro Into the Wild . É esse cara que você NÃO pode ser quando viaja sozinho. Para fazer uma viagem dessas, você tem que ser aquele cara que diz: “A felicidade é real porque consigo ser feliz em qualquer situação. Mesmo quando estou sozinho”.
Ilustração: Dmitri Maximov
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