Uns anos atrás, em 2014, eu escrevi um texto aqui no Estadão dizendo que você não precisa ser rico para viajar. Primeiro eu gostaria de pedir desculpas porque talvez na época não entendesse os meus privilégios. Segundo que estamos em 2020, o câmbio está quebrando recordes e a cotação, na data em que escrevo este texto, é de R$5,64 para o dólar turismo (fiz uma pesquisa rapidão aqui e em 2014 estava R$2,23 #sdds)
Vamos esquecer a pandemia um pouco e fingir que podemos entrar em qualquer país com segurança porque uma hora vamos poder e viajar vai continuar sendo para os mais ricos. Quer ver?
Mantenha em mente que segundo a FGV e o IBGE, somente 14% dos brasileiros pertencem a classe A ou B – famílias nas quais a soma total dos salários é acima de R$10450 e R$20900 respectivamente. Fazendo uma conta rápida, usando alguns valores médios somando voo (R$4000), gastos diários (R$2500) e hospedagem (R$2300) uma viagem para a Europa, Estados Unidos ou vários outros países vai custar pelo menos R$9000 por pessoa. Ou seja, mesmo a classe B vai tem que escolher se vai pagar as contas do mês ou se vai viajar (principalmente se for a família toda). Haja guardar e investir dinheiro para as férias!
E o nosso ministro da economia argumentou uns meses atrás que é melhor a gente viajar pelo Brasil mesmo. E viajar pelo Brasil é legal. Mas mais legal ainda é poder escolher viajar para onde quiser porque você tem condições financeiras para isso. Não vou nem entrar na questão de que o preço do dólar influencia diretamente nas passagens aéreas mesmo que nacionais já que o valor do combustível também é em dólar.
Nesse texto de 2014 eu argumento que para conseguir viajar você precisa mudar seu estilo de vida, economizar no happy hour, andar mais de transporte público, fazer uns bicos ganhando dinheiro extra e blá blá blá. Que saudades de quando tudo era tão simples (contém ironia porque hoje, mais madura, sei que nunca foi para a maioria dos brasileiros. Tem várias verdades aí, mas nada tão fácil assim).
Justifico que viajar tem que ser prioridade – o que em 2020 soa completamente fora da realidade pois além do dólar, estamos felizes se chegarmos vivos ao fim do ano.
Também argumento que viajar não precisa ser luxuoso. E pois é, Amanda de 2014, é esse o ponto que eu quero chegar em 2020. Porque viajar realmente não precisa ser luxuoso, mas está sendo mesmo sem a gente querer.
Bom, pelo menos a gente ainda pode sonhar, né? Quer dizer, também não. Lembrei da pandemia.
Texto publicado originalmente por Amanda Noventa no Estadão.
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Lisboa é considerada um dos melhores metropolitanos de toda a Europa. Cosmopolita, econômica e culturalmente rica, culinária incrível, tudo reunido por um céu azul e um clima sinérgico e balanceado. Compilamos uma lista dos nossos fatos favoritos sobre Lisboa que você provavelmente não conhecia.
Portugal é o país mais antigo da Europa – Portugal tem as mesmas fronteiras definidas desde 1139, tornando-o o mais antigo Estado-nação da Europa. Apesar da reputação moderna da Europa como um bastião de coexistência e estabilidade pacíficas, não houve muita coexistência e estabilidade pacíficas em sua longa história. Países inteiros surgiram e desapareceram, as fronteiras mudando com a frequência das estações, com a notável exceção dos portugueses, que conseguiram manter o controle das suas fronteiras durante mais de 880 anos após a sua formação pelo primeiro rei de Portugal, Alfonso, o Grande.
O país mais antigo da Europa também se manteve relevante, com Lisboa ostentando a ponte mais longa da Europa, a ponte Vasco da Gama. Verdadeiramente um espetáculo da engenharia moderna, esta ponte tem cerca de 17 km de comprimento! A Cidade das Sete Colinas (como Lisboa é apelidada) é também a capital mais ensolarada de toda a Europa, com mais sol em média por ano do que Madrid e Roma. Mas o que deve fazer em Lisboa depois de ver a ponte incrível e desfrutar do sol glorioso? Por que não visitar a livraria mais antiga do mundo? A Livraria Bertrand foi fundada em 1732 pelo francês Pedro Faure, que chegou a Portugal juntamente com uma grande vaga de livreiros franceses que começaram a instalar-se na Península Ibérica.
Viver em Lisboa, entre os Lisboeta, é a melhor forma de conhecer esta cidade maravilhosa, pelo que recomendamos o bairro da Baixa. Localizado no coração pulsante da segunda capital mais antiga da Europa, você ficará encantado com a quantidade de cultura que cerca a área. Boutiques sem fim, restaurantes e cafés que servem Ginjinha em copinhos de chocolate vão manter o estômago cheio e a alma satisfeita. Mas se enjoar da Ginjinha, porque não experimentar um pint de Guinness, afinal Lisboa foi a primeira cidade para onde a Guinness exportou a sua deliciosa cerveja preta, fora da Irlanda.
São tantos os motivos para visitar Lisboa, e esta lista é apenas a ponta do iceberg. Para compreender e valorizar verdadeiramente uma cultura tão complexa, profunda e maravilhosa como a cultura que rodeia Lisboa, é necessário viver na cidade e viver como um local!
Ficar de boa na praia está no topo da lista do que fazer em Arraial d’Ajuda. Porém, o destino surpreende com sua gastronomia, vida noturna e cultural que complementa muito bem o roteiro.
E esse post tem dicas práticas e também está bem diversificado com o que há de mais legal na cidade baiana. Que tal saltar de parapente, fazer um passeio de quadriciclo ou curtir a noite?
O aeroporto mais próximo de Arraial d’Ajuda fica em Porto Seguro. De lá, são cinco quilômetros até uma balsa que atravessa o Rio Buranhém e conecta as duas regiões. Dali, são mais uns quatro quilômetros até o centrinho de Arraial.
Dá para fazer o percurso de táxi, carro alugado ou traslado se quiser ir direto e sem baldeação. Porém, espere gastar pelo menos uns R$130, independentemente da opção escolhida. Costuma valer a pena especialmente para quem viaja em grupo.
Por outro lado, se quiser economizar, pode optar pelo transporte público: um ônibus até a balsa, fazer a travessia a pé e, depois, outro ônibus. O total vai dar menos de R$20.
Onde ficar em Arraial d’Ajuda: pousadas e hotéis
Na estrada do Mucugê, pertinho da praia de mesmo nome, o Hotel Maitei é uma ótima opção para quem quer tranquilidade, mas com certas mordomias. Ele tem apenas 17 apartamentos, duas piscinas, bar, sauna, academia e restaurante.
Já no quesito hostels e pousadas, destaco a Pousada Dom Quixote, a 400 metros da praia de Mucugê, e o Hostel Caminho do Sol, que fica coladinho na Praia de Araçaípe.
Quem quer ir ao Eco Parque, deve dar uma olhadinha nas opções de hospedagem do complexo. Às vezes rolam promoções quem valem a pena, especialmente se estiver viajando com a família.
Agora se a ideia é investir, o Kûara Hotel costuma valer bem a pena. Na Estrada de Pitinga, tem bar de praia exclusivo e é rodeado por uma reserva de Mata Atlântica.
Qual é a melhor época para ir pra Arraial d’Ajuda?
Na Bahia o tempo é firme e ensolarado boa parte do ano, assim seus destinos recebem bem os viajantes em qualquer época. Porém é no verão, de dezembro a março, que Arraial d’Ajuda fica mais movimentada: dias na praia e noites de agito na Rua Mucugê.
Épocas de festas de fim ano, carnaval e feriados prolongados também potencializam o turismo local.
Arraial d’Ajuda ou Trancoso: qual escolher?
Confesso que é bem difícil escolher, então se puder combine os dois vilarejos no seu roteiro. Eles ficam bem próximos, o que facilita o deslocamento.
Contudo, se precisar escolher, lembre-se que Trancoso costuma ser uma região mais badalada e, consequentemente, mais cara. A diária em hotéis de estrutura semelhante tem tudo para ser mais barata em Arraial.
Arraial d’Ajuda compreende cerca de 20 quilômetros de praia na região conhecida como Costa do Descobrimento, o pedaço do litoral brasileiro onde os portugueses começaram a aportar há mais de 500 anos.
O destino compreende praias de diferentes perfis, desde as de águas bem tranquilas até algumas com mar mais bravo, das mais reservadas a uma ótima praia central… A seguir, um resumo de como são as principais para ajudar na escolha de onde colocar seu guarda-sol.
Praia do Mucugê
Esta é a praia central de Arraial d’Ajuda, portanto tem fácil acesso, é movimentada e possui diversas barracas de praia. No verão, costuma contar com várias mini- festas espalhadas pelos clubes de praia ao longo da areia.
Lá também rola praticar stand up paddle ou snorkel, afinal na maré baixa ela tem até algumas piscinas naturais.
Praia de Taípe
Com uma falésia de 45 metros que se debruça sobre o mar, é uma das praias mais bonitas do destino. Contudo, saiba que as águas são relativamente agitadas e há uma boa infraestrutura de barracas no local. Mas fica dica: leve dinheiro, pois quase ninguém aceita cartão.
Vale lembrar que a Praia de Taípe fica mais afastada do centro, por isso será preciso fechar o transfer com alguma empresa local – os hotéis e hostels geralmente oferecem opções na recepção. Outras opções para os mais aventureiros são encarar a caminhada de duas horas ou o passeio de quadriciclo com guia, saindo da área urbana de Arraial.
Independentemente da escolha, vai ter muito sobe e desce em meio a mata nativa e vários cenários bem bonitos.
Praia de Araçaípe
Essa é aquela praia de águas tranquilas, geralmente sem música alta e com poucas barracas. Na região, é conhecida até como a praia dos gringos, pois costuma reunir boa parte dos estrangeiros que visitam a região.
Para quem quer um pouco de agito, vale investir na Barraca do Corujão. Ali há várias alternativas de drinques, várias espreguiçadeiras e sofás para curtir o sol com conforto. Por fim, de vez em quando, rolam até shows ao vivo com músicos da região.
Praia do Pitinga
Das mais bonitas de Arraial, a Praia do Pitinga tem águas calmas e é parcialmente emoldurada por falésias e coqueirais. E para os aventureiros, é um ponto muito procurado para salto de parapente que falaremos logo logo.
Há ainda boa infraestrutura de barracas de praia, mas a mais famosa é a Barraca do Faria. Administrada pela mesma família há anos, é uma dica clichê, mas que vale muito a pena. É tudo muito bom, do pastelzinho de camarão ao peixe com molho de banana. Reserve o dia para curtir esse pedaço da costa com calma.
Voo de Parapente na Praia do Pitinga
Em dias de tempo firme e bons ventos, o céu da Praia do Pitinga fica cheio de pontinhos coloridos: os viajantes que aproveitam os paredões que cercam a praia para fazer um voo de parapente. Eu superei o medo e pude curtir uma das experiências mais legais desta viagem para Arraial d’Ajuda.
Na hora de pular lá do alto das falésias, dá um medinho, mas o voo em si é muito tranquilo. Não tem tranco nem nada, você não sente a queda, porque está deslizando pelo ar. Óbvio que ninguém vai sozinho, é preciso fechar a atividade com um profissional de confiança e certificado pela Associação Brasileira de Voo Livre.
O pessoal das barracas geralmente sabe quem indicar, mas se quiser fechar com antecedência dá uma olhadinha na página do o Ivan Bla, com quem eu pulei. O salto é duplo e é ele que comanda tudo, o turista só curte o passeio.
Mais atrações e passeios de Arraial d’Ajuda
Obviamente as praias são as protagonistas do roteiro neste pedaço da Bahia, porém é sempre bom reservar um tempinho para conhecer as demais atrações de Arraial.
Tem a história do centro, o agito da Rua Mucugê e a diversão do parque aquático para levar em consideração, por exemplo.
Arraial d’Ajuda Eco Parque: como funciona
Este parque aquático é um atrativo e tanto de Arraial d’Ajuda, afinal ele tem diversos toboáguas e brinquedos para crianças e adultos. Você compra o ingresso e pode ficar o dia todo no local, curtindo suas mais de 15 atrações.
Tem piscina rasa para as crianças, playgrounds e toboáguas como o Tambauzinho que até os pequenos podem curtir sem medo. Já para quem curte adrenalina, há também uma versão chamada Tambau com pista de 166 metros e velocidade média de 14 km/h.
Os aventureiros também se divertem na dupla de toboáguas Quereimbaba. Você tem duas opções, um tem uma queda livre direta e outro passa por um pequeno túnel antes de uma queda livre ainda mais inclinada, rs.
Por outro lado, vale lembrar que o Eco Parque também possui atrações como passeios de caiaque e tirolesa (ao descer, é possível ter vistas bem particulares do mar) que evidenciam sua integração com a natureza e as praias de Arraial d’Ajuda.
O estacionamento é gratuito e os ingressos estão disponíveis a partir de R$90, para crianças de até 11 anos; e R$120 para adultos.
Entre os primeiros santuários do Brasil criado pelos portugueses, a igreja colonial do século 16 tem fachada simples, mas é bem popular especialmente pela sua localização: no coração do centro histórico de Arraial d’Ajuda, ela tem um belo mirante com vista para o rio Buranhém.
Ali, há uma grade de proteção que tornou-se uma atração à parte, pois dizem que amarrar fitinhas multicoloridas do Bonfim por aqui dá sorte. Sempre tem gente vendendo por ali e com R$5 dá para comprar várias. Depois, vale a pena passear pelos arredores da igreja. A um enfileirado de casas coloridas que funcionam como lojas de roupa e artesanato local, além de bares e lanchonetes.
Rua Mucugê
É a principal via da cidade, por isso concentra algumas das lojas mais badaladas, restaurantes, agências de turismo, bares e muito mais. O ponto mais movimentado é no encontro com a rua Bento Alexandrino de Moraes. Esse pedaço é chamado de “triângulo nervoso de Arraial” e é um dos pontos centrais da vida noturna e gastronômica do destino.
Praça São Brás
Também conhecida como a Praça da Feira Hippie, a Praça de São Brás costuma ser bem movimentada depois do pôr do sol. A galera que passou o dia na praia pode curtir uma noite informal comprando artesanato e provando as criações das barracas de bebidas espalhadas pelo local.
Uma das opções é a famosa bebida de Porto Seguro, chamada Capeta, que é feita com vodka, leite condensado, pó de guaraná, entre outros ingredientes.
Rua Broduei de Arraial
Ao ligar Praça São Brás à Igreja Nossa Senhora d’Ajuda, a rua Broduei abraça boa parte do movimento da cidade. É impossível não passar por ela algumas vezes durante sua estada no destino.
A via abriga lojas, bares e restaurantes coladinhos um ao lado do outro, além de ser ponto de encontro da galera a noite. Turistas e locais ocupam as vias enquanto tomam uma cerveja para espantar calor.
Parque Nacional do Pau Brasil
Nos arredores de Arraial d’Ajuda, este parque tem várias trilhas e mirantes, apesar de ainda estar sendo estruturado para o turismo. Ali, dá para fazer trilhas caminhando ou de bicicleta e eu acho essencial fechar com um guia – pergunte no seu hotel quem está habilitado e disponível porque isso muda com certa frequência.
Falo isso pois explorar o parque em meio a mata nativa pode ser um pouco confuso para quem não está acostumada. Além disso, os guias são especialistas em fazer várias paradas estratégicas em cachoeiras e riachos ao longo do passeios e também indicar as melhores áreas para um piquenique.
De Arraial D’Ajuda, seguir pela BA 001 passando por Vale Verde até a placa de acesso ao Parque Nacional do Pau Brasil.
O que fazer em Arraial d’Ajuda com chuva
Esta é a pergunta clássica para um destino de praia, mas vou te contar o que fazer quando chove em Arraial d’Ajuda. Como aqui a maioria dos passeios são a céu aberto, o turista fica limitado à região central do destino.
Eu acho que é uma boa aproveitar os restaurantes locais e fazer refeições mais longas ou parar para tomar uma cerveja e ficar batendo papo. Tem várias dicas no tópico abaixo “onde comer em Arraial.”
Onde comer em Arraial d’Ajuda
No famoso triângulo nervoso de Arraial, encontro da Rua Mucugê com a Bento Alexandrino de Moraes, estão alguns dos bares e restaurantes mais disputados do destino. Desde o italiano Dolce & Salato até oXaxá Grill como foco em boas porções e cerveja gelada.
Ainda na Rua Mucugê, o hambúrguer do Quintal Gourmet também é bem popular entre turistas e locais. Já na região da Praça Brás, a indicação é o Restaurante Paulo Pescador com vários pratos executivos.
E na praça da Igreja, mais especificamente na rua Broduei, vale a pena fazer uma parada no Emporium para provar cervejas artesanais.
O que fazer em Arraial d’Ajuda em 3 dias
Se tiver apenas três dias, minhas dicas são ficar perto de alguma praia, como a Mucugê, Pitinga ou Araçaípe. Aí o primeiro dia dá para ficar de boa pegando um sol e, à noite, curtir o fervo na Rua Mucugê.
No segundo, a dica é ir para uma praia diferente e mais afastada como a do Taípe, ou quem sabe se aventurar no passeio de quadriciclo ou no voo de parapente. Ou então passar o dia no parque aquático Arraial d’Ajuda Eco Parque.
O último dia você deixa para curtir o centro histórico, visitar a igreja, comprar lembrancinhas de viagem e aproveitar uma das dicas de restaurantes do post. Tudo isso em três dias vai ser um pouco corrido, mas é um jeito de conhecer os pontos altos do destino e ainda tomar alguns banhos de mar.