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6 erros que cometi na minha viagem a Machu Picchu

Sabe como é… às vezes você vai viajar, não pesquisa direito, não faz um planejamento e quando chega lá… oops! Foi assim com a minha primeira viagem a Machu Picchu.

Sem planejamento e preocupação, eu cheguei em Cusco sem nem mesmo ter o ingresso de Machu Picchu em mãos. A sorte é que era baixa temporada e ainda encontrei alguns disponíveis para comprar.

Mas queria entrar em detalhes sobre quais foram os meus erros nessa viagem para que você não erre também:

1. Peguei o primeiro táxi que vi no aeroporto.

O meu hostel já havia se oferecido para me pegar no aeroporto por U$5. Mas pensei que conseguiria um mais barato quando chegasse. Cheguei super cansada de viagem, fazia duas noites que não dormia e tudo o que eu queria era chegar no hostel. Conclusão: paguei US$20 pelo primeiro táxi que encontrei.

FAÇA CERTO: verifique se o seu hotel ou hostel tem transfer incluído. A maioria deles têm e pode sair mais barato do que pegar um táxi no aero.

2. Comi e bebi no primeiro dia como se não houvesse amanhã.

Afinal eu estava no Peru, certo? Uma das melhores culinárias do mundo. E nada melhor do que um pisco sour (a caipirinha peruana) para acompanhar os pratos. Porém, passei super mal. Fui almoçar em um restaurante muito bom e não me poupei de entrada, pisco sour, prato principal (que é sem miséria) e uma cerveja Cusqueña para acompanhar. Ao final do almoço minha pressão baixou e tudo começou a ficar preto. Era o mal de altitude me pegando. Fui ao toilette colocar água na nuca e graças aos deuses incas eu já tinha comprado um saquinho de folha de coca. Enfiei um punhado na boca e masquei, masquei, masquei até que tudo foi voltando ao normal.

Faça certo: Pegue leve no primeiro dia e evite comidas pesadas e bebida alcoólica para não sofrer o mal de altitude.

3. Não comprei o ingresso do parque de Machu Picchu antecipado. 

Aliás, nem sabia que deveria comprar com antecedência. Só havia comprado o ticket do trem e boa. Mas quando cheguei no hostel, conheci um brasileiro que já me deu esse toque e me ajudou a comprar a entrada do parque pela internet. Eu tinha tickets do trem para Machu Picchu reservados para o dia seguinte e corria um sério risco de chegar lá e não conseguir entrar. O parque tem um limite diário de entrada de pessoas

Faça certo: compre o seu ingresso de Machu Picchu e do trem com antecedência para não correr o risco de ficar sem.

4. Esqueci de levar meu passaporte para carimbar em Machu Picchu

Existe um carimbo especial de lembrança na saída do parque de Machu Picchu. Não são os funcionários que carimbam na entrada, mas você mesma que carimba numa barraquinha à parte. Pode procurar, pode perguntar por ali se não achar. Na primeira vez esqueci de levar o passaporte. Mas foi bom ter voltado à Machu Picchu mais duas vezes – agora tenho dois carimbos 🙂

5. Peguei um quarto privado no hostel.

Um tal quarto chamado de matrimonial. Esse não foi exatamente um erro pois é uma escolha que eu faço até que frequentemente. Mas se soubesse que teria tanta gente bacana e que o hostel era tão bom, teria ficado no quarto comunitário e economizado uma grana maior ainda. Enfim, essa foi a única vez que me arrependi de um quarto privado num hostel.

Veja aqui o hostel onde me hospedei em Cusco.

6. Não ter ido a Lima na primeira vez e, na segunda, ter ido na volta.

Não existe voo direto para Cusco. Todos eles têm conexão em Lima na ida e na volta. Portanto eu deveria ter aproveitado a oportunidade e conhecido Lima que é bastante famosa para gastronomia.

Mas posso te falar uma coisa? Na segunda vez que fui pra lá, passei um dia em Lima na volta mas o clima em Cusco tinha sido tão bom que parecia que o agito de Lima não combinava em nada com a viagem que eu tinha acabado de fazer.

Faça certo: dê uma paradinha de um ou dois dias em Lima na ida. Na volta pode ser que você não esteja no clima.

Veja aqui todos os posts do Peru

Onde ficar em Cusco: os melhores hotéis e hostels

Onde comer em Cusco: os seis melhores restaurantes

Boleto turístico de Cusco: como funciona para fazer os passeios

Mal de altitude: como evitar

Rainbow Mountain no Peru: tudo o que você precisa saber

5 erros que cometi na minha viagem ao Peru

Quanto custa conhecer Machu Picchu

Compras em Cusco: o que vale a pena comprar

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Como é morar na Nova Zelândia

A Thainá é minha amiga desde muito pequena, desde os tempos de pré. Ela morou por um ano na Nova Zelândia: um tempo em Auckland, um tempo na Península de Coromandel em Waihi, e boa parte do tempo viajando pelo país.

E eu não poderia deixar de contar a história dela aqui, que envolve muita natureza, qualidade de vida e lugares lindos pelo caminho.

Como escolheu a Nova Zelândia? O que você foi fazer lá?

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Essa é a Thainá na Nova Zelândia

Tive um chamado interno para mudar minha vida quando estava no finzinho do meu mestrado em 2010… estava muuuito cansada da rotina que tinha, anos sem fim de universidade, pesquisa e um monte de blá blá blá… mas amava o que eu fazia, que era trabalhar com agricultura familiar, permacultura e agroecologia. Então decidi que iria buscar a permacultura e a vida em comunidade em um país de língua inglesa, para melhorar meu inglês e intercambiar experiências, vivendo mais na prática aquilo que eu acreditava como ideal de qualidade de vida… Não lembro muito bem o que foi, se eu tive um sonho, ou foi intuição, mas só sei que um dia acordei e sabia que era para Nova Zelândia que eu deveria ir.

O que você fazia lá?

Um pouco de tudo… no começo foram umas aulinhas de inglês, depois mochila nas costas e dedo na estrada viajando (e aí sim aprendi o inglês), depois trabalho para viajar mais. E depois outro trabalho para viajar outra vez,  e assim foi.

Com quem você morou?

No começo fiquei por umas semanas na casa de uma família kiwi (como são chamadas os neozelandeses), e depois  viajando, acabei encontrando uma comunidade onde passei uns bons meses com umas 20, 40 ou 50 pessoas de todo lugar do mundo que iam e vinham.

Como você foi recebida pelas pessoas de lá? Elas te tratavam bem?

A NZ é um país bastante turístico, então eles estão muito acostumados com gente de fora o tempo todo e por todo lado, e é por todo lado MESMO! E acho que eles curtem e se orgulham disso, de serem de um país tão visitado e adorado. Então o que posso dizer é que sempre fui muito bem recebida, assim como todos os outros gringos!

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Quais foram os choques culturais que você teve quando chegou?

Tive um choque, mas muito positivo, em ver o quanto os neozelandeses levam a sério a saúde e a qualidade vida! Se, por acaso, você estiver (principalmente nas cidades maiores) na rua antes do sol nascer, mesmo no inverno, irá com certeza encontrar muita gente caminhando e fazendo exercícios nos parques (todo bairro tem um). Nos supermercados a variedade de produtos naturais e orgânicos é enorme e muito acessível. Isso tudo não é um modismo, é uma cultura da vida saudável! E olha que não é por estética! Eles não são neuróticos por corpos esculturais, até mesmo nas propagandas aparecem modelos com uma barbinha mal feita, um dentinho torto ou uma gordurinha na barriga. Além disso, não conheci ninguém que se matasse de trabalhar. Percebi que eles priorizam outras coisas a possuírem carros de última geração ou casas extraordinárias.

Outra questão que vale a pena mencionar é a respeito da cultura Maori que é realmente fantástica! Os maoris foram os primeiros habitantes das ilhas antes dos ingleses, e o país mantém muito forte toda tradição, tendo o ‘maori’ como idioma oficial,  que é mantido nos nomes de ruas, cidades, nas artes e costumes. Existe sim, uma certa separação entre os maoris e os kiwis (descendentes dos ingleses), mas a convivência é super harmônica.

Você viajou para mais algum lugar enquanto estava lá?

Acabei só viajando por lá, mas é muito comum as pessoas que estão na NZ aproveitarem também para dar uma esticadinha até o leste Asiático (Tailândia, Indonésia, Vietnã, Camboja, Laos…) ou pelas ilhas do pacífico, que estão bem pertinho, tipo Fiji ou Tonga, porque são roteiros muito baratos.

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 Qual a melhor ilha para morar, na questão qualidade de vida?

Eu acabei morando só na ilha Norte, mas minha paixão é a ilha Sul! É mais tranquila, mais intocada! Pra mim é a cara da Nova Zelândia.  As duas têm muita qualidade de vida. A diferença é que no norte há mais gente e mais agito porque estão as cidades maiores como Auckland e Wellington, e por isso acaba concentrando mais coisas culturais, mais eventos, e tudo o mais que envolva gente.

Então pelo jeito vale a pena visitar o país, né? Dê algumas dicas para quem quer conhecer a Nova Zelândia. O que eles devem conhecer?

Emerald Lakes, Tongariro National Park, New ZealandA NZ é fantástica em muitos sentidos! O país é todo estruturado para o turismo, de forma que o frequente acesso de pessoas em paisagens naturais não gera impactos significativos, ou seja, todos que visitarem as belezas naturais, encontrarão sempre uma natureza preservada, com sinalização para trilhas, banheiros secos na mata, água potável, estrutura para caminhadas longas, etc. Não preciso nem falar o quanto o país é lindo, acho que isso já é bem conhecido. Todo lugar parece ter saído de um conto de fadas. São paisagens radicalmente diferentes em um pequeno espaço de terra como praias, glaciais, lagos, montanhas, fiordes, florestas subtropicais, cachoeiras… e como as ilhas são pequenas, dá para conhecer tudo em uma única viagem. Para quem curte natureza, num estilo viagem aventura, ficam aqui algumas dicas dos destinos que são tops da minha lista:

Ilha Norte: Tongariro National Park (Taupo), Rotorua (cultura Maori), Coromandel, Reglan, Bay of Island (há muitos maoris), Bay of Plenty, Hawke’s  Bay, Mt Taranaki (New Plymouth).

Ilha Sul: Golden Bay – Motueka, Takaka, Abel Tasman, Nelson Lakes,  Mt Cook, Lake Tekapu, Wanaka, Queenstown (capital mundial dos esportes de aventura), Franz Josef e Fox Glacier, Kaikoura, Otago Península (Dunedin) e o número 1 da minha lista Milford Sound.

Conta aquela história de quando você vendeu kiwi na estrada…

Haha.. pois é… foi quase o melhor trabalho da minha vida!! rsrs Nessas andanças atrás de comunas e Permacultura, acabei encontrando uma galera que morava num sítio num esquema de comunidade e que ganhavam a vida vendendo frutas em beira de estradas em vans coloridas e desenhadas… Ali virou meu lar, meu trabalho e minha diversão… O negócio era vender frutas da estação e somente de produtores locais, num conceito que os neozelandeses adoram que é o “Local and Fresh”.  Todos os dias eu ia dirigindo uma van com um arco-íris desenhado, o ‘Bernie,’ ou um caminhãozinho todo colorido que se chamava ‘truckecito’, até bem próximo à uma praia ou em outro spot já determinado. E ali montava minha van e passava o dia vendendo frutas e conhecendo muita gente…

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Conta também sobre aquela viagem fantástica que você fez de motorhome com a sua mãe!

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Thainá viajando pela ilha com a mãe dela

Eu já tinha viajado por lá de carona, de carro, de avião, mas a experiência de estar numa casa com rodas com a minha mãe foi incrível!  O país é todo preparado para este tipo de viagem. Nas estradas, só o que se vê são motorhomes e campervans. Os campings tem ótima estrutura, mesmo os campings selvagens são super seguros, e foi isso que deixou minha mãe surpresa no início. Afinal, aqui no Brasil isso não acontece não é? Na baixa temporada, o aluguel desses veículos tem o mesmo valor de alugar um carro, mas com o privilégio de ser ter uma casa com vista panorâmica para o paraíso!

Então pelo jeito, com essa estrutura toda, os motorhomes e vans são umas das melhores formas para viajar na Nova Zelândia, né?

Acho que sim, pelo menos é a maneira mais comum. O país recebe muitos viajantes que vão passar meses, um ano e às vezes mais, e que acabam comprando um veículo para sua estadia e o vendem na partida. Existem mercados só para isso. Tudo é muito seguro, as estradas, as paradas, os campings. Outra coisa que se vê muito pelas estradas são pessoas viajando de bicicletas ou de carona, e que dormem em albergues.

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Você acha que a Nova Zelândia seria um Brasil de primeiro mundo? 

Não tem como fazer comparação, até pelo seu tamanho, o que resulta em uma gestão do país muito mais eficiente. Sua história está vinculada a uma colonização inglesa não exploratória. Mas como qualquer país, tem seus problemas, e um deles é o desmatamento para a criação de ovelhas, uma das principais atividades do país.  Em todo trajeto de viagem você pode vê-las, o que acaba sendo um item da magnífica paisagem que compõe a Nova Zelândia. A principal diferença é que não há desigualdade social ou violência.

Conte umas histórias interessantes pra gente. Dessas surpresas de viagem…

Tem uma do réveillon… Passei o ano novo no Lago Tekapo (esse da primeira foto lá em cima), e as pessoas pareciam estar eufóricas esperando a virada! Pela empolgação de todos imaginava ver quase os fogos de Copacabana, com musica e festa. E, finalmente, quando chega a meia noite, apenas soltam uns três rojões e uns 15 meninos correndo pelados e atirando-se no lago em uma noite super fria. Antes da 1 da manhã tudo que se ouvia era o silêncio…

E quando viajei com a minha mãe, em Wellington, encontramos um lugarzinho minúsculo com umas 20 motorhomes estacionadas para passar a noite, e decidimos ficar ali. Começamos a ouvir batidas fortes no veículo e com muiiiito medo ficamos esperando que fosse alguém tentando abrir a porta, coisa de brasileiro. No dia seguinte constatamos que o eram apenas aves que batiam no teto pelo vento que fazia nesse dia.

Moraria de novo no país?

Ah, quem sabe ainda não levo meu filhote para crescer por lá…

 

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