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Como é morar no sul da Itália

A Márcia mora hoje na região de Puglia lá no sul da Itália, mais especificamente em Lecce. Mas já morou também em Livorno na Toscana. Ela mudou de país em 2006 e hoje divide com a gente a sua história pessoal.

Bem, os motivos que me fizeram parar aqui na Italia foram tantos…mas posso resumir em uma só frase: eu não era feliz com a vida que eu levava. Seja no âmbito familiar que era péssimo, seja o lado sentimental que eu não encontrava ninguém que quisesse algo sério comigo (tinha 35 anos), seja porque eu era professora e detestava aquilo que fazia. Quando terminava o domingo e sabia que teria que enfrentar uma nova semana era uma tortura, eu não queria mais aquela vida pra mim.

Precisava dar uma guinada e mudar tudo. Éramos um grupo de cinco mulheres, com idades e histórias de vida diferentes mas todas com um mesmo objetivo: conhecer o nosso futuro marido. Em palavras simples é isso aí. A internet dava seus primeiros passos, mas nem todo mundo tinha acesso. Não existia nenhuma rede social ainda (nem Orkut, olha só!). Daí nos inscrevemos em agências matrimoniais (tá ficando engraçada essa história?) e até mandamos anúncios para jornais e revistas com correios sentimentais. Olha que coisa brega rsrsrs Mas usamos os recursos que existiam na época. Como se diz lé no Nordeste, atirando pra tudo quanto é lado.
Até que as primeiras cartas começaram a chegar. Eu me divertia demais com as coisas que escreviam, as propostas que faziam e com as fotos de cada tipo… Bonitinho perto de feio.

Lecce, onde a Márcia mora
Lecce, onde a Márcia mora

Até que chegou a carta do meu futuro marido. Quando vi as suas fotos me apaixonei de cara, achei ele um gato e pensei: UAU, é assim que eu quero! E sempre tive uma quedinha pelos italianos, era a época da novela “Terra Nostra” e o Mateo era um meu sonho de consumo…
Pra encurtar, só fui conhecê-lo pessoalmente depois de um ano de correspondência e, devido aos seu problemas pessoais (era separado e tinha um filho problemático), só decidiu mesmo ficar comigo depois de uns 3 anos. Fui a que mais esperei do grupo. As outras já tinha ido embora e se casado. Algumas nos EUA, outras em Portugal, Inglaterra e eu ali… Mas sou a única que  se casou e continuou com o mesmo marido. As outras, infelizmente, por diversos motivos se separaram. Mas ninguém voltou para o Brasil e muitas refizeram as suas vidas com um novo amor, ainda bem.
O fato é que nos conhecemos desde 2000 e somos casados há dez anos depois de muitos lances de novela mexicana, que não dá pra contar tudo.

o casamento
o casamento

E quais as vantagens e desvantagens de morar fora do seu país?
Tudo vai depender de você, pois a única pessoa que tem que se adaptar às mudanças é você mesmo. Se você é alguém muito ligado à sua família, nem pense em morar fora porque vais sofrer. Eu não tive esse problema, infelizmente. Preferiria que fosse o contrário, mas a vida foi assim.
As oportunidades de trabalho aqui na Itália são poucas em relação aos países mais avançados da UE. Os diplomas universitários extra-comunitários não são válidos e, se quiser validar, tem que gastar muito dinheiro e cursar várias cadeiras sem nenhuma garantia no fim desse percurso de conseguir um emprego. Os jovens diplomados italianos escapam para os outros países da UE onde têm mais chances e respeito na questão de trabalho.

Faço serviços “mais humildes”, digamos assim. Faxina, baby-sitter, trabalhei num bed and breakfast onde era pau pra toda obra: arrumava os quartos, servia o café, e fazia o check-in e check-out dos hóspedes, recebia os pagamentos. E quer saber? Não digo que sou realizada profissionalmente fazendo faxina, mas prefiro mil vezes isso do que ser professora no Brasil. Descobri que não tem coisa melhor do que a liberdade.

morar na italia amanda viaja

Faço a faxina cada dia numa casa diferente, não fico entediada, pego o meu dinheiro e CIAO, até a próxima semana! Não tenho que fazer planejamento de aulas (que odiava) nem corrigir provas de madrugada. Descobri que detesto trabalhar no mesmo ambiente todos os dias por todos os anos. E aqui te respeitam quase igual, não importa se você faz um trabalho braçal ou intelectual. Digo quase igual porque nos países mais avançados socialmente na Europa do Norte é melhor ainda. Teve um tempo em que fiz até interprete de Português para a Procuradoria, fiz tradução de escutas telefônicas (o “grampo”), me senti meio FBI e gostei muito daquilo.
Quem quiser vir pra Itália, saiba que a cozinha para eles é mais importante do que tudo, eles vivem para comer. Não comem para sobreviver e você, querendo ou não, vai provar as delícias e se acostumar com as exigências deles. Vai até aprender a cozinhar se quiser. E vai aprender também que certas coisas são pecados mortais pra eles quando se trata de cozinha. Por exemplo: ketchup na pizza, queijo ralado nos pratos à base de peixe, suco de fruta junto às refeições, doce antes do salgado…

Por último, as trabalhadoras italianas são muito pouco tuteladas no seu direito de ter onde deixar seus filhos para irem trabalhar, ponto muito negativo. Ter filhos aqui quer dizer abdicar do emprego por uns três anos se você não tiver mãe ou sogra pra ficar com as crianças ou se elas não forem disponíveis por qualquer motivo para isso. As creches públicas são poucas e as particulares são caras. O que se pagaria como mensalidade seria todo o seu salário visto que as mulheres, em maioria, trabalham meio período pois não tem onde deixar os filhos (ao contrário de outros países UE).

A Italia é chamada de “Bel Paese” por eles, que quer dizer belo país. Eles são convictos de que não existe um lugar mais lindo e onde se coma melhor do que aqui. É o país que possui o maior número de monumentos e sítios históricos tombados pela UNESCO no mundo. Portanto, é necessário se acostumar também com a vaidade dos italianos…

 

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São Paulo: 10 lugares para ver, tomar um café, comer e beber

Estou fazendo este post especialmente porque tem muita gente vindo para os shows do U2 em São Paulo e me pedindo sugestões de lugares para visitar na cidade.

Eu imagino que para essas pessoas o tempo seja curto na cidade. Então fiz uma listinha pra caber no seu tempo.

O que tem de novo para conhecer

As maiores novidades em São Paulo atualmente são o Instituto Moreira Sales e o Japan House. E, que bom, ambos super bem localizados – na Paulista! Dá até para ir de metrô.

Instituto Moreira Sales

O foco do instituto é a fotografia. A partir deste tema existem palestras, cursos, workshops e uma biblioteca dedicada. E vale a pena visitar o prédio por ter uma arquitetura super moderna, pelas exposições e também pelo café e restaurante Balaio.

Site: https://ims.com.br/

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Japan House

São Paulo foi escolhido com umas das três cidades do mundo para receber o museu japonês, sobre a cultura japonesa. Isso aconteceu provavelmente por ser o segundo lugar do mundo com mais japoneses (o outro é o Japão, claro). O prédio é lindo e só por isso já vale a visita.

O site do Japan House conta: “Criada pelo governo japonês, a Japan House é um ponto de difusão de todos os elementos da genuína cultura japonesa para a comunidade internacional A Japan House é um lugar equilibrado, inovador e diferenciado, assim como o povo e a cultura japonesa. Um ambiente que transmite hospitalidade e inovação, oferece lazer e será parte ativa do dia a dia de diversas pessoas. Um intercâmbio intelectual entre o Japão e o resto do mundo, capaz de produzir grandes oportunidades e atrair visitantes para novas experiências e atividades. A essência da Japan House é ser surpreendente a cada dia.
São Paulo foi uma das três localidades escolhidas, juntamente com Londres, na Inglaterra, e Los Angeles, nos Estados Unidos, para receber a Japan House. Locais especialmente selecionados para propagar todas as características do Japão, desde a cultura milenar até as perspectivas inovadoras. Na Japan House, a tradição está lado a lado com o futuro.

Site: http://www.japanhouse.jp/saopaulo

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Para comer e beber

Eataly

O Eataly é um lugar que se tornou bem turístico em São Paulo nos finais de semana. Na última vez que estive lá, vi seis pessoas com uma mala que pareciam sair dali e já ir direto para o aeroporto. Havia também um ônibus turístico parado na frente. Mas tudo isso tem uma justificativa: é um lugar lindo e agradável para comer e comprar muitas coisas diferentes.

Site: http://www.eataly.com.br/

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Migalhas

Deixa eu te explicar. Existe uma ruazinha bem fofa em São Paulo chamada Avanhandava. Essa ruazinha foi tomada e revitalizada pelo grupo Famiglia Mancini que são donos de uma das cantinas mais famosas de São Paulo com mesmo nome. Bom, o Sr. Mancini (não sei se é assim que posso chamá-lo) resolveu abrir outros restaurantes na rua fofa. Entre eles o Migalhas. Ou seja, a qualidade é a mesma do caro e famoso Famiglia Mancini porém muito mais barato. O que eu eu mais gosto de fazer lá é sentar com os meus amigos na calçada e passar a tarde tomando clericot (em torno de R$50 a jarra). Os pratos são bons, mas gosto mesmo de ficar beliscando o antipasti.

Site: http://www.famigliamancini.com.br/migalhas/

O QUE FAZER EM sao paulo amanda viaja

Uma típica cantina italiana no Bexiga

A cantina ‘Cê que sabe’ foi uma agradável surpresa na minha vida. Fui lá com o Pedro e alguns amigos numa sexta à noite e foi uma super experiência. Além da comida farta e gostosa italiana que você espera, tem música italiana, garçons jogando as bandejas pra cima e tudo vira uma típica experiência de família italiana que veio para São Paulo.

Site: http://www.cquesabe.com.br/

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Rua Guaicuí

Bom, eu vi essa rua nascer já que ela é minha vizinha. Ela não era nada. Só tinha umas luzinhas fofas penduradas pela rua e um hostel chamado Garoa. Aí veio o Pitico, um bar despojado que mais parece um quintalzão enorme cheio de cadeiras de praia, bebida, falafel e também as tais luzinhas. A coisa foi crescendo e hoje além de falafel eles também têm kebab e não fica mais lotado somente aos sábados – fica todos os dias. Isso levou a rua a crescer e ganhar outros bares e lugares para comer. De repente ganhou música ao vivo bacana, a rua foi sendo fechada pelas pessoas e me lembrou o que era a Vila Madalena anos atrás (se você é de fora, já deve ter ouvido falar da Vila por ser famosa pelos bares. Mas sinto em te dizer que ela já não é mais como costumava ser anos e anos atrás). Pois bem, o que tá rendendo agora é a Rua Guaicuí ali em Pinheiros.

Pitico num momento vazio. Foto: Folha de SP
Pitico num momento vazio. Foto: Folha de SP

Onde tomar um café

HM Café (Pinheiros)

Lugar novo, com varanda gostosa, preço salgadinho. Porém, brunch maravilhoso aos sábados.

Site: https://www.facebook.com/hmfoodcafe/

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Por um punhado de dólares

Precisa fazer uma pausa para o café? Tá por ali no centro? Quer tomar um café de qualidade ou precisa fazer uma reuniãozinha? Este lugar pode te ajudar.

Site: https://www.facebook.com/ppdcafe/

Foto: studiolabdecor.com.br
Foto: studiolabdecor.com.br

Café Suplicy (Jardins)

O Suplicy é meio tradicional em São Paulo e com ares de café moderno. O público também é o tradicional dos jardins. Mas é um lugar com bom café e ótimo para um papo.

Site: http://www.suplicycafes.com.br/

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Mirante 9 de julho (região da Paulista, embaixo do MASP)

Aqui estamos falando de um lugar descolado, que fica bem na rua debaixo do MASP. Tem coisas gostosas, galera curtindo e vista bem paulistana – de um lado o MASP e do outro a Avenida 9 de julho.

Site: https://mirante.art.br/

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Espero que você aproveite o fim de semana em São Paulo. É claro que tem mil outras coisas para se fazer. Mas aos poucos eu vou te contando. Aliás, veja aqui um outro post com alguns restaurantes que ando frequentando. E no instagram você pode ver outras dicas que eu tenho sobre São Paulo através de #AmandaViajaSaoPaulo

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Como é morar em Auckland na Nova Zelândia

A Leilah é de São Paulo e se mudou para Auckland com o seu parceiro, Diogo, com a intenção de ficar lá. Neste post ela conta como foi sua experiência de adaptação e, principalmente, os perrengues (que a gente gosta de saber).

Morar fora do Brasil sempre foi uma vontade minha desde pequena quando saí de São Paulo aos 10 anos sem meus pais, para participar de uma clínica de treinamento de ginástica olímpica em Dallas, Texas. Mas foi só em 2014, aos meus 32 anos de idade, com uma vida e carreira estabelecidas e um namorado compartilhando dessa mesma vontade, que o plano começou a ser colocado em prática.

O destino inicial era Sydney, muito por conta do clima, que nos ajudaria na adaptação. Mas como nossa idéia sempre foi a de migrar, Nova Zelândia se mostrou uma opção mais “fácil” em termos de processo se comparado à Australia.

Planejamos com um ano de antecendência e o plano inicial basicamente era o Diogo fazer um curso de “Business” com duração de 1 ano que garantiria um visto de trabalho pós-estudo, enquanto isso eu teria que ficar estudando inglês. Uma vez com o visto de trabalho, tentar um emprego na área para ter o visto de trabalho renovado ou até mesmo tentar aplicar pra residência.

Waiotapu - Rotorua
Waiotapu – Rotorua

Em Julho de 2015, aterrizamos em Auckland. Eu, Diogo, 2 malas cada um, cabeça cheia de dúvidas e coração apertado pelo que estava por vir, sem falar de um fuso maluco de 15 horas na frente do Brasil, que te deixa atordoado por alguns dias.

Os primeiros meses foram pura adaptação. Clima frio (já que chegamos no começo do inverno), a comida, o jeito de falar do Neo Zelandês que é bem diferente do inglês americano que estávamos acostumados, a nova rotina de simples estudantes numa sala de aula com pessoas do mundo inteiro (e algumas delas com a metade da nossa idade), a acomodação (sendo muitas delas compartilhadas) e o trabalho casual que permite você se manter por aqui sem precisar trazer dinheiro do Brasil.

Não preciso dizer que tudo que podia dar errado deu, né?!

Queenstown - The Remarkables
Queenstown – The Remarkables

O Diogo estava com uma expectativa grande no curso, apostando na qualidade de ensino da Nova Zelãndia, o que não aconteceu. Sim, isso existe aqui e  e preciso tomar muito cuidado na escolha da escola e curso. No final, ele se conformou que estava comprando o visto.

Tentamos trabalho na área, mas o visto de estudante que nos permitia trabalhar 20 horas semanais não ajudou muito nesta empreitada. Sim, tem gente que consegue, mas não foi o nosso caso. Então o jeito foi assimilar o golpe e partir pro trabalho casual. Foi um ano tirando pedido, carregando bandeja, limpando mesa em casamento, eventos corporativos,  esportivos e por aí vai. Trabalho pesado, longas horas de pé pra lá e pra cá, bem diferente do que eu estava acostumada a fazer, já que ficava sentava numa mesa de escritório o dia todo na frente do computador.  E quer saber? Não arranca pedaço, você se adapta e no final até se diverte com o “diferente”.

Lindis Pass
Lindis Pass

Outra coisa chata é lidar com Imigração. Papelada sem fim, vai e volta de documento, inúmeras solicitações, mas isso era uma coisa que ja estavamos preparados. O que não estávamos preparados era para uma possível não aprovação do visto como “partner” já que eles não consideravam a nossa relação genuína e estável, por conta dos documentos apresentados. O jeito foi pedir cartas aos nossos amigos e familiares para que eles atestassem o nosso relacionamento. E deu certo. As cartas nos salvaram!

Mas o perrengue maior de todos foi com acomodação. Ficamos por 1 mês num hostel, o City Lodge, que não temos do que reclamar. O problema é que ao tentarmos renovar por mais tempo, não havia mais disponibilidade. Tivemos que ir às pressas para uma casa que achamos num site local daqui, o TradeMe. Com toda a expectativa de morar com locais, lá fomos nós. Caímos numa casa com duas neozeolandesas, que tivemos o mínimo de contato por conta da incompatibilidade de horário do trabalho delas e nossos horários de estudantes. Azar o nosso.

Lake Rotoiti
Lake Rotoiti

Depois de 1 mês nesta casa, nos mudamos para um apartamento com outros dois brasileiros. Tudo lindo no início, tipo começo de relacionamento, mas no segundo mês as diferenças começaram a aparecer. E elas eram gritantes, o que foram tornando o convívio cada vez mais difícil. Nossas reclamações por conta de barulho, entre outras coisas que impediam o bem estar da casa, foram sendo desrespeitosamente desobedecidas. E através de SMS fomos “despejados” pela dona da casa, que nos deu 2 semanas para sairmos de lá. O jeito foi ir para o único hostel que achamos disponível, com cozinha e banheiro compartilhados. E lá tivemos problema com percevejo de cama (bed bugs), que depois fomos saber que é bem comum em lugares que recebem muitos turistas.

Enfim, depois de quase um ano nesta cruzada, conseguimos nos mudar para um estúdio só nosso, onde estamos vivendo até hoje. Mas acomodação não adianta, é uma roleta russa. E o negócio fica ainda mais arriscado quando tem outras pessoas envolvidas, no caso de se compartilhar apartamento, ou até quarto, que é muito comum aqui já que os custos são bem altos (em média 400 dólares por semana, um casal morando sozinho).

morar auckland nova zelandia

Teve perrengue, mas como o Diogo gostava de falar: no final tudo dá certo. E com a gente foi sempre assim, no final, bem no finalzinho da prorrogação do segundo tempo, tudo ía entrando no seu devido lugar.

Eu consegui um emprego na minha área, como Mídia, numa empresa bem bacana daqui, a NZME. Como todo novo trabalho, é sempre um processo muito desgastante (pelo menos pra mim sempre foi) por ser ansiosa e querer entender as coisas do dia para a noite. O trabalho em si é algo que já estou acostumada a fazer e as pessoas são ótimas. O clima é super descontraído, informal e nós, Brasileiros, somos muito bem vistos aqui fora, como profissionais super qualificados, inteligentes, criativos. A gente chega com esse pique todo por aqui mas eu me deparei com um ritmo totalmente diferente, bem mais tranquilo (pode ser que seja pelo lugar que eu trabalho, não posso generalizar, mas que é muito bom, isso é). O que realmente sinto falta são dos almoços longos com os amigos (que aqui é bem raro) a regra acaba sendo almoçar na mesa mesmo enquanto trabalha. Mas quando penso que 5h da tarde eu já estou no meu caminho pra casa, até esqueço do almoço curto em frente ao computador.

Mount Taranaki
Mount Taranaki

Do clima, eu continuo reclamando do frio que faz aqui, mas já estamos mais adaptados, estamos sofrendo menos que no primeiro ano, já que aprendi que tudo é uma questão de ter a roupa certa e um belo aquecedor em casa.

A comida posso dizer com segurança que tudo o que comíamos aí no Brasil nos viramos muito bem por aqui. Até o açaí que amamos já conseguimos encontrar por aqui.  E ainda temos toda uma influência da cozinha asiática e Indiana, que apesar de não sermos muito fãs, estamos aos poucos sendo conquistados.

Auckland foi a cidade que escolhemos pra iniciar nossa jornada por oferecer mais oportunidades de trabalho. Com cerca de 2 milhões de habitantes, está começando a vivenciar alguns problemas de “cidade grande”, mesmo assim não é nada se comparado à cidade onde vivíamos. Desde que chegamos aqui, não temos carro. Fazemos tudo com transporte público, que apesar de achar caro, cumpre com as nossas necessidades para o momento. E quando vamos viajar, alugamos um carro.

Apesar de toda a loucura que foram estes últimos 2 anos, conseguimos viajar pelas ilhas norte e sul algumas vezes.  E o que podemos dizer é que a Nova Zelãndia faz jus ao título de um dos países mais bonitos do mundo. E deve estar entre os com o povo mais receptivo também,  pois sempre fomos muito bem recebidos em qualquer lugar que visitamos.

Lake Pukaki
Lake Pukaki

Enfim, todo mundo nos pergunta se temos planos pra voltar pro Brasil. Sim, temos, porém só pra oficializar e celebrar a nossa união em abril do próximo ano. Voltamos para a Nova Zelândia logo em seguida, até porque conseguimos o visto de residência que nos permite ficar por aqui tendo os mesmo direitos de qualquer cidadão (exceto pelo passaporte).

Nossos planos agora estão em Auckland, a cidade do outro lado do mundo que escolhemos pra escrever este novo capítulo de nossas vidas. Saudade é uma constante por aqui, mas seguimos firmes e fortes (ás vezes nem tanto) mas agora com o coração não tão apertado quanto na chegada e super felizes e ansiosos pelo que está por vir.

Quer ver mais histórias e posts sobre morar fora? É só clicar aqui.

 

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Assista o vídeo pra saber melhor. Prometo não tomar seu tempo. O vídeo tem no máximo #90Segundos 😉

No canal Amanda Viaja no youtube tem muito mais dicas importantes como essa para você viajar de maneira descomplicada. Se inscreve para não perder nada: www.youtube.com/amandaviaja

 

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