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Como consegui trabalhar nos Estados Unidos legalmente por quatro anos

Em 2007, quando eu me formei na faculdade, ainda não havia muita informação sobre as possibilidades de estudar e morar fora do país. As redes sociais – maiores divulgadores de viagens e intercâmbios – ainda eram embriões. Também não existia facilitadores como Ciência sem Fronteiras, por exemplo. Existiam alguns programas, mas o acesso a eles não era muito grande. Meus pais também nunca tiveram interesse em pagar um intercâmbio para mim. Ou seja, eu tinha que correr atrás de todas essas informações e alternativas. Por isso, hoje resumo algumas dicas sobre como conseguir e como é trabalhar nos Estados Unidos!

Buscando informações – como posso trabalhar nos Estados Unidos?

Quando faltava um ano para eu me formar, já me sentia um pouco perdida com relação ao que faria depois da faculdade. Não era um curso com o qual me identificava – Engenharia Agronômica – e ao mesmo tempo eu tinha vontade de morar fora e viver novas experiências. Eu queria fazer o intercâmbio que muitos já haviam feito.

A alternativa mais fácil que encontrei foi buscar dentro da minha faculdade, a UEM (Universidade Estadual de Maringá), quais eram os programas de intercâmbio que tinham convênio com a universidade. Isso é super comum em universidades do Brasil, principalmente públicas. A minha universidade tinha um escritório só para esses assuntos.

Dentro desses programas, encontrei um que se adequava ao meu perfil profissional chamado MAST International, uma programa para quem era das agrárias. Esse programa permitia que você ficasse 18 meses nos Estados Unidos trabalhando como trainee para uma empresa agrícola e estudando na Universidade de Minnesota – que tinha um convênio com a UEM.

Achei perfeita a oportunidade de trabalhar na minha área + estudar numa das melhores universidades do mundo.

Preparação para ir

Eu passei um ano me preparando para conseguir fazer esse programa – preenchendo papeladas para o processo seletivo, providenciando documentos e fazendo um curso de inglês.

Para ser aprovada eu precisava:

  • Falar o básico do inglês;
  • Escrever uma redação falando um pouco sobre mim para que o programa pudesse avaliar se eu me adequava ao perfil e se alguma empresa tinha interesse em me contratar. Como eu sou bastante urbana, apontei que para mim seria importante morar em uma cidade grande e não numa cidadezinha do interior;
  • Eu não poderia escolher nem a cidade e nem a empresa na qual trabalharia. A única coisa que era certa era que eu estudaria durante seis meses na Universidade de Minnesota, e durante o período de estudo, eu só poderia trabalhar 20 horas/semana invés de 40 horas, como trabalharia no período só de trabalho;
  • Teria que pagar algumas taxas do programa + seguro viagem + passagens;
  • A empresa se responsabilizaria pela minha hospedagem durante o período de trabalho.

Um ano de preparação, formatura acontecendo e um dia uma empresa dos Estados Unidos me liga para dizer que eu havia sido aprovada e que teria que estar lá em um mês. Trabalharia, moraria e estudaria em Saint Paul, capital de Minnesota.

Como foi trabalhar nos Estados Unidos

O trabalho era pesado por ser trainee. Eu faria uma rotação por todas as áreas da empresa e, na maioria das vezes, tinha que trabalhar no campo, debaixo de sol, chuva ou neve. Havia mais 5 trainees trabalhando comigo – alguns brasileiros, uma ucraniana e alguns americanos.

Meu salário era de US$8/hora e muitos dias fazia hora extra, o que me rendia uma graninha a mais. Era o suficiente para mim. O programa de intercâmbio tende a calcular seus gastos gerais e obriga a empresa a pagar um salário justo. Com moradia, providenciada pela empresa, eu tinha que pagar US$200 de aluguel e dividia com mais dois trainees. Refeições eram por minha conta e se eu quisesse ter um carro também (o que era bastante necessário).

O visto que eu tinha era o J1, um visto que permite que você trabalhe no país como estagiário, trainee ou intercambista. Você só pode ter esse visto se houver um sponsor, ou seja, alguma empresa ou programa que esteja providenciando para você.

Da época em que eu trabalha nos Estados Unidos

Quando quiseram me contratar

O período de trainee não foi fácil. Alguns desistiram e outros tiveram que voltar para seu país. Mas quando fazia sete meses que eu estava trabalhando na empresa, eles me convidaram para participar de um processo seletivo para uma vaga full-time (efetiva). Se eu passasse, seria promovida e eles providenciariam o meu visto de trabalho de verdade o H1B. Asim eu teria um salário e todas as obrigações, deveres e impostos como de qualquer americano.

Eu sabia que havia uma oportunidade de ser contratada um dia, mas achei que o convite viria ao final do intercâmbio, um ano e meio depois. Mas veio bem mais rápido – ainda bem! O trabalho de trainee não estava fácil.

Participei do processo seletivo concorrendo com alguns americanos. Foi um processo normal de contratação: entrevistas com chefes, verificação de currículo, etc. E, finalmente, consegui ser aprovada.

Vistos e burocracia para trabalhar nos Estados Unidos

Esse visto de trabalho, H1B, é muito importante e difícil de se obter porque ele está a um passo do green card. Ele só pode ser providenciado através da empresa que está contratando você. Portanto, minha empresa teve que cuidar de todo o processo e arcar com todos os custos do visto. Isso é lei.

Não existe uma maneira de você solicitar esse visto sozinho, sem ter um emprego e uma empresa disposta a ser seu sponsor.

O processo do visto foi tranquilo. Até aqui no Brasil, eles me permitiram chegar no consulado sem hora marcada para pegar o visto e também não tive que passar por muitas perguntas. Aliás, esse foi o único trabalho que eu tive: ir ao consulado carimbar o passaporte. O resto, a empresa fez tudo para mim.

Esse visto geralmente tem um prazo de validade de cinco anos. Depois disso, cabe à empresa oferecer a você o green card ou não. O green card também pode ser oferecido dentro desse prazo de cinco anos, mas a empresa na qual eu trabalhava já estava calejada… Alguns imigrantes que eles contrataram e providenciaram o green card antes desses cinco anos, saíam da empresa assim que a residência permanente chegava.

Ou seja, eles arcavam com todo o custo para o funcionário acabar saindo. Portanto, eles achavam mais seguro esperar esse prazo de cinco anos para ver se a pessoa ficaria mesmo na empresa ou não. Eu não fiquei e voltei para o Brasil depois de quatro anos morando lá.

Quais são as oportunidades hoje

É MUITO difícil você conseguir um emprego legal nos EUA porque as regras de imigração são bastante rígidas.

Eu começaria através de um intercâmbio com oportunidades de trabalho. Algo que ajuda bastante também é fazer faculdade nos Estados Unidos, seja graduação ou pós. Isso ajuda você a fazer contatos e ter experiências de trabalho que podem render um trabalho na sua área e avanço na carreira profissional.

Para informações sobre programas de intercâmbio com experiência de trabalho, procure agências como STB, CI, EF, entre outras.

É bacana também se informar na sua universidade sobre oportunidades de convênio com universidades e empresas americanas. O meu caso foi esse.

Para mais informações sobre vistos, procure o site do consulado americano.

Veja outros posts sobre os Estados Unidos

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Como enfrentar a neve ou Como eu quase morri de depressão no inverno

Morei quatro anos em Minneapolis, no estado de Minnesota – mais conhecido como Minnesnowta, o segundo estado mais frio dos EUA. Na maior parte do ano faz frio. Pra você ter uma ideia, a neve cai no comecinho de novembro e fica… Você só vai ver o chão novamente em março, abril…

A adaptação foi difícil. Tive que começar a achar normal os músculos da face congelarem a ponto de não conseguir falar. Ou então, falar como se estivesse bêbada. Mas aprendi algumas coisas vivendo tanto tempo em um lugar com o clima tão diferente do Brasil.

Dicas para enfrentar a neve

Luvas e gorrinhos não são artigos fashion

Não é frescurite e nem pra ficar bonitinho. Você tem que usar por uma questão de sobrevivência. O frio rigoroso pode até prejudicar sua audição. E sem as luvas você simplesmente não consegue mexer seus dedos.

Neve durante o inverno em Minnesota
Olha a neve caindo e congelando no telhado de casa!

Você deve aquecer seu carro antes de sair dirigindo

Do contrário, pode estragar o motor. Também é normal não puxar o freio de mão. Se congelar você não consegue “despuxar” nunca! E em carros velhos, não se trava a porta!

Carros 4×4 são super bem-vindos

Eu tinha um carro normal (não sei a tração de um normal). Até que um dia meu carro passou por cima dos restos de neve no asfalto e rodopiou na expressway mais movimentada de Minneapolis, em horário de pico. Depois dessa comprei um 4×4.

Esportes de neve são legais se você conseguir sair na rua 

Eu não conseguia. É diferente você viajar para esquiar e viver no lugar de esqui. Todo dia vinte graus negativos desanima. Mas muita gente aproveita. E realmente existem muitos esportes de neve.

Problemas que a neve a traz

Põe roupa. Tira roupa.

Você coloca aquele monte de roupas de inverno e quando chega no carro precisa tirar tudo. Aí chega ao seu destino e coloca toda a roupa de novo pra poder sair andando na rua. Entra no lugar fechado e tira tudo de novo porque o aquecedor está ligado. A vida em no no inverno nevado é assim…

A neve suja tudo o que você tem na vida

A dinâmica do inverno é essa: fica frio e a neve cai, aí esquenta um pouquinho e a neve derrete. E quando a neve derrete fica uma meleca. Suja o carpete do carro, o carpete de casa, sua bota nova…

A neve faz parte de qualquer coisa que você fizer

Réveillon com neve. Passear com o cachorro na neve. Até o primeiro encontro com meu namorado gringo foi para patinar no gelo! Ele também tinha jogo de hockey todo domingo, sagrado com os amigos.

Você pode sofrer de SAD (Seasonal Affective Disorder) 

No inverno era assim: eu dormia muito, comia muito e sorria pouco. Se eu tinha 10 minutos de intervalo no trabalho, eu deitava a cabeça na mesa e dormia facilmente. Até que um dia um americano me contou que eu sofria de SAD. Um distúrbio causado pela falta de luz. Por isso muitas pessoas vão para clínicas de estética “tomar banho de luz”. Legal, né?

Ao morar em um lugar onde neva…

Você vai valorizar o sol como nunca

Nos quatro meses de calor do ano, as pessoas saíam desesperadas para as ruas. Poderia ser para correr, ir para o parque, andar de roller (aliás, o roller foi inventado em Minnesota para substituir o patins de hockey no verão)… Todos querem aproveitar o verão como se fosse acabar amanhã. E essa felicidade em Minnesota passa rápido mesmo.

Patinação no gelo em Minnesota

Não adianta reclamar. Os nativos vão achar tudo normal.

Eu reclamava todos os dias: “é impossível ser feliz num lugar tão frio”, “não é normal nevar tanto assim”. Enquanto isso, os nativos apenas olhavam pra mim com um ar blasé, do tipo “coitada”. Eles são felizes assim e cresceram sob essa condições. Não sabem como é bom passar um verão no Rio de Janeiro…

Amanhã hoje eu vou contar aqui sobre o dia em que encalhei na neve…

Outros posts sobre quando morei nos Estados Unidos

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Tubarões, quase morte e pornografia no Hawaii

Viajar para o Hawaii não poderia ser normal. Não dava para voltar sem história nenhuma pra contar, dizendo que foi uma viagem tranquila. Afinal, o Hawaii é um dos maiores destinos de aventura do mundo.

Eu e uma amiga trocamos uma road trip California – Vegas depois de encontrarmos passagens em promoção para Honolulu. E não poderíamos ter feito troca melhor. O Hawaii era tudo aquilo que imaginávamos.

Mas apesar de toda a perfeição do lugar, imprevistos e inconvenientes podem acontecer. E a viagem não seria tão marcante se não fossem alguns detalhes…

Tubarões no Hawaii

Troquei as aulas de surf pelo mergulho na jaula com os tubarões . Quando o barco vai para o meio do oceano e joga a jaula em alto-mar você fica se perguntando se aquilo é realmente seguro. E sinceramente, acho que não. O barco é minúsculo, a jaula é aberta em cima, enfim… tem tudo para dar errado. Mas quando os tubarões aparecem em volta do barco é tão lindo e tão legal que seu medo passa na hora e tudo o que você quer é entrar na jaula.

Foi realmente uma das experiências mais sensacionais da minha vida. Dá uma paz quando você mergulha naquele mar azul e observa todos aqueles tubarões nadando em volta. É tudo muito tranquilo. E acredito que ficar de frente com um tubarão pode espantar qualquer outro medo. Faz você se sentir mais forte e pronta para desafios.

Mergulho com tubarões no Hawaii
Os tubarões esperando por nós

Bom, tudo estava muito lindo mas depois que mergulhei e fiquei esperando as outras pessoas no barco, aquelas ondas, aquele barco chacoalhando… tudo começou a ficar meio… enjoado. E de repente Amandita nem lembrava mais que havia tubarões em volta e coloca a cabeça pra fora do barco para vomitar. Assim, na deselegância mesmo. E isso leva à segunda emoção havaiana…

Quase morte no Hawaii

Passava tão mal no barco a ponto de achar que iria morrer. E para fechar com chave de ouro aquele passeio eterno dos tubarões, fui literalmente arrastada para fora do barco e jogada debaixo de uma árvore para esperar o efeito passar. Não passou.

No caminho de volta ao hotel, via aquelas plantações enormes de abacaxi na estrada e pensava que talvez aquilo fosse a última imagem que eu veria na vida. Estava tão mal a ponto de pensar na grana que meus pais gastariam para transportar meu corpo do Hawaii para o Brasil!

Mas consegui chegar no hotel viva e tomar um remédio. Como cheguei carregada pela minha amiga, acabei levando uma fama de quem tinha tido uma overdose, mas quem se importa?!

Pornografia

Caminhávamos por Waikiki procurando um lugar para jantar depois de um dia cansativo de sol e snorkeling, quando minha amiga diz “O cara está de pinto de fora?” Oi??? E vejo um cara andando sozinho pelas ruas havaianas vestido normalmente, porém com um pequeno detalhe (mentira, não sei se era pequeno porque não reparei tanto assim)… mas com o seu órgão genital tomando um ar para fora da braguilha da bermuda. Tranquilão. E aí fica a eterna pergunta: ele fez de propósito ou escapou?

Coisas do Hawaii…

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Quando vendi tudo e fui para o Hawaii

Eu vivia nos Estados Unidos quando decidi que voltaria a morar no Brasil em alguns meses. Morava pela primeira vez sozinha num apartamento, sem ter que dividir nada com ninguém. Tudo havia sido cuidadosamente comprado com o dinheiro do meu trabalho, montado e decorado por mim.

Eu sempre gostei dessas coisas de casa. Perdi as contas de quantas vezes mudei de endereço, mas em todas elas montei a casa como se fosse para sempre. Mas nesse caso principalmente, eu não tinha outra alternativa a não ser vender tudo.

Sendo assim, anunciei móveis, quadros e bugigangas num desses sites de vender coisas e assim começou a minha primeira grande experiência de desapego com a casa. Um dia alguém ia buscar um sofá, no outro um quadro, no outro a cama… E eu assistindo o apartamento dos meus sonhos sendo desmontado. Doeu…

Um mestre espiritual chamado Gurdjieff diz que costumamos colocar uma etiqueta emocional nas coisas. Por exemplo, aquela cama que eu tinha em casa não era simplesmente uma cama comprada numa grande loja de móveis. Mas uma cama que eu um dia escolhi e montei sozinha, sem ajuda de ninguém, orgulhosa com as minhas conquistas e independência. E claro que pode ser ruim pensar assim, pois segundo Gurdjieff, não conseguimos ver a realidade como ela é, que as coisas são apenas coisas, sem um valor intrínseco.

Mesmo sem saber disso na época, eu tomei uma decisão: não usar o dinheiro da venda dos móveis para comprar outras coisas e trazer para o Brasil, ou ainda, gastar esse dinheiro por aqui. E sim gastar tudo numa viagem, na qual escolhi o Hawaii.

Não foi difícil convencer uma amiga a ir junto. Ela também se mudaria para o Brasil em breve, até antes de mim. E o argumento utilizado foi o de que talvez não tivéssemos outra oportunidade como essa, uma vez que nos mudaríamos do país. E para a minha amiga seria uma loucura maior ainda pois chegaríamos do Hawaii pela manhã e no mesmo dia ela voltaria para o Brasil. Seria uma despedida mesmo, em grande estilo.

E assim, pegamos um voo direto de Minneapolis a Honolulu para dez dias de aventura no paraíso. Lá alugamos um carro onde percorremos a ilha de Oahu toda com um mapa na mão e colares havaianos pendurados, desbravando tudo o que Hawaii tinha a nos oferecer. E não era pouco: montanhas verdes que se encontravam com praias cristalinas que, por sua vez, se transformavam num mar azul do Pacífico, o mais azul que já vi. Sem contar o pôr do sol colorido diariamente! Será que os havaianos enjoam disso tudo?

E, além disso, era bom trocar um sofá por uma aula de surf, um quadro de parede por máscaras de snorkeling e a cama por um mergulho com os tubarões numa jaula em alto-mar. Eu estava dando um novo significado para todas aquelas coisas que um dia eu tive, transformando-as em experiências que serão lembradas a vida toda.

Essa foi a primeira vez que troquei bens materiais por uma viagem e, ainda que eu tenha muito a evoluir, já entendi que como disse Art Buchwald, “as melhores coisas da vida não são coisas”. Elas podem estar numa visita à família, numa tarde de risadas no parque com o namorado, na viagem com uma amiga aventureira ou até numa ilha do Hawaii.

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