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A Rota dos Vinhos na África do Sul

Pra quem pensa que a África do Sul só tem safári… não, não, não. O país é mais completo do que você imagina! Hoje vamos descobrir as vinícolas da África do Sul.

O país faz parte do chamado Novo Mundo dos Vinhos e é o sétimo produtor mundial de vinhos, muitos deles premiados internacionalmente. Tudo começou com a chegada dos colonizadores holandeses no século 17— o primeiro rótulo da região data de 1659. Ou seja, a África do Sul produz vinhos há mais de 300 anos! Apesar disso, os vinhos só começaram a ser exportados depois do fim do Apartheid, em 1994.

A Rota dos Vinhos na África do Sul

A Rota dos Vinhos foi criada pela Distell, a maior empresa sul-africana de bebidas (inclusive a Amarula é deles), com o objetivo de definir um itinerário pelas mais importantes vinícolas da África do Sul. Eu visitei todas em dois dias completos, mas você pode adaptar o roteiro de acordo com o seu tempo disponível. Nesse trajeto, percorremos as estradinhas entre três cidades vizinhas principais:

  • Paarl;
  • Stellenbosch;
  • Franschhoek.

Durante a visita nas vinícolas, além da degustação, você pode conhecer todo o sistema de produção. E muitas delas têm ótimos restaurantes para almoçar!

Vinícolas em Cape Town

Se você jogar essas cidades no Google Maps, vão ver que elas tão bem pertinho de Cape Town, a menos de 1h de carro. Por isso, não é difícil visitá-las a partir dessa cidade. Dentro dos limites urbanos também tem algumas vinícolas, como a Groot Constantia (a mais antiga vinícola da África do Sul), a Durbanville Hills e a Cape Point Vineyards, mas eu acho que vale a pena pegar a estrada! Acredite, o visual compensa.

As melhores vinícolas na África do Sul

Paarl

Na região de Paarl está localizada a vinícola Nederburg – a mais premiada da África do Sul (e maravilhosa!). Por lá, os visitantes podem conhecer o museu da marca, os vinhedos e as montanhas Drakenstein. Além disso, é possível visitar a casa principal, Manor House, construída no centro da fazenda em 1800, decorada com móveis da época e de estilo holandês.

Hoje, é monumento nacional do país e também abriga o famoso restaurante Red Table, dirigido pelo chef Edmore Ruzoza. Outra atração são as degustações com diferentes tipos de vinhos e harmonização com queijos. Essa harmonização com queijos quando eu fiz custava em torno de R$20. É muito barato pela experiência toda que a vinícola proporciona.

Plantação de uva em vinícola da região de Paarl, na África do Sul.

Reserve aqui seus passeios pelas vinícolas de Paarl:

 

Stellenbosch

Na região de Stellenbosch está a Bergkelder/Fleur Du Cap, a primeira adega subterrânea construída no hemisfério sul. O local foi projetado na época para manter o vinho a uma temperatura ideal, mesmo no forte calor africano. O destaque desta adega fica por conta da harmonização de vinhos com diferentes tipos de sais.

Criada pelo chef Craig Cormack, um apaixonado colecionador de sais, essa harmonização única une pratos deliciosos com vinhos da premiada linha Fleur du Cap Unfiltered – tipo de vinho não filtrado que leva ao nosso consumidor o gosto da uva pura e natural, ótima acidez e oferece um final muito longo na degustação. A adega também oferece degustações guiadas e um tour pela propriedade. Outra coisa legal aqui é que ela tem um mercado com vários tipos de vinhos e bebidas pra você poder comprar (poucas têm isso).

Sala de degustação cercada por imensos barris de vinho em vinícola da região Stellenbosch na África do Sul.

Reserve aqui seu passeio pelas vinícolas de Stellenbosch:

 

Durbanville Hills

Por fim, a Rota dos Vinhos finaliza na vinícola Durbanville Hills, a apenas 20 minutos da Cidade do Cabo e com vista única para Table Mountain e Table Bay. Lá você também encontra um restaurante bem gostoso para almoçar. Um dos destaques da Durbanville Hills é o o Wine Safari que eles fazem na Table Mountain. Eu fiz e posso dizer que é uma experiência única em Cape Town.

Franchhoek

Na região de Franchhoek os turistas podem conhecer uma das maiores vinícolas do país, com 974 hectares e diversas variedades de vinhos tintos, brancos e espumantes, na Plaisir de Merle. Na vinícola os turistas têm duas opções de degustação — a simples e a vertical —, na qual fazem um tour e podem explorar os vinhos de acordo com a safra, descobrindo nuances e notas que são influenciadas pelo tempo de maturação. Para complementar essa experiência, também são oferecidos à parte diversos tipos de queijos para harmonizar.

Amanda caminha em frente a prédio de vinícola na região Franchhoek, na África do Sul.

Outro destino certeiro da rota é a vinícola The House Of JC Le Roux – a principal fabricante de espumantes do país, que é a nova moda na África do Sul principalmente entre jovens e mulheres. Além da degustação, outro ponto que vale a visita é o elegante restaurante Le Venue. Com um ambiente agradável e experiência única de sabor, fica situado na casa de J.C. Le Roux.

Loja de vinhos em vinícola da região Franchhoek, na África do Sul.

Perto dali, fica a vinícola Neethlingshof. Para conhecê-la é preciso passar por uma avenida com quilômetros de extensão de pinheiros, que leva até a sede do local. Este caminho é um marco para a história do lugar e motivo central dos rótulos dos vinhos.

A vinícola oferece diversas opções de harmonização, entre elas a “Flash Food, Slow Wine Pairing”, que inclui cinco minipratos que combinam perfeitamente com as opções de vinhos oferecidos. Além das degustações, a vinícola dispõe de um tour pela produção. E para um momento de descontração, acontece o Wednesday Live Music, todas as quartas-feiras, no final da tarde. Um ótimo momento para apreciar uma das mais belas vistas da África do Sul.

Além disso, a vinícola conta com um elegante restaurante estilo colonial, chamado Lord Neethling, localizado dentro da mansão holandesa muito bem preservada, que remonta mais de 200 anos de história da propriedade.

Com taça de vinho na mão, Amanda admira a paisagem em vinícola da região Franchhoek, na África do Sul.

Importante: para visitar todas essas vinícolas você não precisa fazer reserva nenhuma e nem pagar para entrar. É só aparecer.

Vale a pena se hospedar na região vinícola?

Quem realmente gosta de vinho pode cogitar se hospedar na região vinícola para poder melhor explorá-la, em vez de apenas fazer passeios bate-volta a partir de Cape Town. É uma boa ideia para quem quer desacelerar um pouquinho e aproveitar melhor os passeios pelas vinícolas.

São duas bases principais para ficar na região, onde há mais hotéis, pousadas e guesthouses:

Vale a pena fazer a Rota dos Vinhos por conta?

Fazer um itinerário pela Rota dos Vinhos por conta própria pode ser vantajoso para definir o seu próprio ritmo de viagem e para priorizar as vinícolas que mais te interessam. Porém, como o mais legal desses passeios é fazer as degustações e experimentar os vinhos da África do Sul, não poder beber para assumir o volante pode comprometer um pouco a experiência. Além disso, é importante lembrar que na África do Sul, país colonizado pelo Império Britânico, os motoristas tem que encarar a mão inglesa!

Passeios pelas vinícolas na África do Sul

Eu pessoalmente acho que vale bastante a pena contratar um passeio pelas vinícolas na África do Sul a partir de Cape Town. A oferta turística é bem completa, com várias opções diferentes de tours. Eu selecionei alguns que considero interessantes:

Veja o vídeo sobre a rota dos vinhos. E se inscreva no canal para ver muito mais: www.youtube.com/amandaviaja

 

Este post foi produzido em parceria com a Distell, maior produtora de vinhos e destilados da África do Sul. 

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Como é viajar sozinha para África do Sul

Apesar de não ter ido viajar sozinha para África do Sul, deu para ter uma boa noção de como é a questão de segurança por lá. Vamos falar melhor sobre isso para você decidir se deve ir sozinha ou não?

Como é viajar sozinha para África do Sul?

Cape Town é perigoso? Joanesburgo é perigoso?

Olha, parece ser como o Brasil. É aquela velha história de não dar sorte para o azar. Melhor não andar numa rua a pé muito tarde da noite, não dar bobeira com os seus pertences pessoais e tomar todo aquele cuidado que já temos normalmente no Brasil.

No entanto, depois de um tempo no país, você vai começar a ter a sensação de que talvez ele seja mais seguro do que o Brasil.

Cape Town, tão comparada com o Rio geograficamente, traz um sensação de segurança maior, de tranquilidade e de cidade bem desenvolvida. Eu passei alguns dias com um guia que morava numa região mais humilde da cidade. Contava alguns dos crimes que haviam acontecido no Brasil naqueles últimos dias (Ex: criança de 13 anos sendo baleada na escola) e ele achou inacreditável. Falou que esse tipo de violência em Cape Town não era normal e que mesmo em bairros mais pobres, não havia tiroteios com frequencia. Então, a sensação que eu tive foi a de que a Cidade do Cabo é segura, mas como em todo lugar, tem que ficar esperto.

Joanesburgo, tão lembrada pela região pobre do Soweto, me trouxe uma outra imagem de tudo: a de que o Soweto é super turístico e, portanto, mais seguro do que parece. À noite, saímos para jantar numa rua conhecida por seus restaurantezinhos e fomos avisados sobre algo que já estamos acostumados no Brasil: não estacionar o carro em áreas muito desertas e escuras. A segurança em Joanesburgo não me pareceu ser algo a ser ignorado, mas também não me assustei em momento algum pela cidade.

Na Garden Route eu já fiquei me perguntando de onde as pessoas tiram a ideia de que a África do Sul é um país perigoso. Me senti tão segura, foi tudo tão tranquilo que parecia que estava num país de primeiro mundo. Casas sem portão, estradas super bem asfaltadas (sem pedágio), pessoas cordiais, tudo barato e sensação de segurança plena.

 

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E como é para a mulher que viaja sozinha para África do Sul?

Ok. Eu estava acompanhada. Mas não senti nenhum abordagem estranha por parte dos homens contra as mulheres. Seria até interessante ter aqui o depoimento de alguma mulher que já tenha estado lá sozinha para me dizer o que achou. De qualquer maneira, eu não senti nenhum machismo por parte dos homens. Usei roupas normalmente, como uso no Brasil e todas as mulheres também se vestem como querem e fui muito respeitada.

Minha conclusão é de que a Africa do Sul é um país seguro para viajar sozinha e eu iria SEM MEDO. Mas caso você ainda se sinta insegura, aqui vão algumas dicas gerais para mulheres que viajam sozinhas:

Dicas para viajar sozinha para África do Sul

(e qualquer lugar do mundo)

  • Na hora de fazer as malas lembre-se que quanto menos coisas você levar, menos você vai chamar atenção.
  • Não fique andando com objetos de valor, dando bandeira.
  • Você pode dizer que é casada se sentir mais segura. Conheço mulheres que usam até uma aliança para manter os homens afastados nas viagens.
  • Óculos de sol evita ter que encarar olhares de outras pessoas.
  • Você não precisa ser legal tempo todo. Se alguém falar com você e você não se sentir confortável, você não precisa responder.
  • Vista-se de forma parecida com os locais para não chamar atenção.
  • Evite beber demais. É melhor se manter sóbria para entender o que está acontecendo o tempo todo e ficar menos vulnerável.
  • Vale a pena perguntar no hostel ou hotel quais são os lugares não recomendados para ir sozinha
  • Evite contar a sua vida toda a um desconhecido. Lembre-se que as pessoas que você conhece nas viagens são estranhos ainda.
  • Seja educado e não ofenda os locais agindo de forma rude. Não é apenas uma questão de boas maneiras, mas também uma forma de não ofender e incomodar as pessoas. Você não precisa ser bobona, mas comporte-se da maneira educada do senso comum.

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Bungee jump na África do Sul: o maior de ponte do mundo

Esse bungee jump na África do Sul é um clássico. Recentemente ele perdeu para Macau, na China, como o bungee jump mais alto do mundo, mas ainda é o bungee jump de ponte mais alto do mundo, com 216 metros. A ponte em questão é a Bloukrans Bridge, na cidade de Storms River, localizada no finalzinho da Garden Route.

Foto aérea da maior ponte de bungee jump do mundo, que fica na África do Sul.

Encontre seu hotel em Storms River!

O bungee jump é operado pela Face Adrenalin e em 25 anos de funcionamento eles nunca tiveram um acidente sequer. Para saltar, eles recomendam que você faça uma reserva, mas também é possível arriscar chegar lá e tentar saltar. Se for alta temporada eu recomendo fortemente que você faça uma reserva com antecedência. Eu estive lá numa semana de férias da África do Sul e por pouco não conseguimos um horário.

Eu não pulei — não por falta de horário, mas por falta de coragem. Quem pulou foi o meu namorado, Pedro. No entanto, eles me deixaram acompanhá-lo até lá, o que já dá um belo frio na barriga. Para chegar até o ponto de saltar, você tem que andar por um corredor que, coincidentemente, tem exatos 216 metros, a mesma extensão da altura da ponte. O corredor é todo vazado e pode causar uma vertigem que só. Pois é, pular de bungee jump na África do Sul ficou para a próxima.

Foto de pessoas em corredor cercado por redes ao longo da ponte onde acontece o maior bungee jump de ponte do mundo, na África do Sul.

Se você não quiser saltar e nem acompanhar, vale a pena pelo menos dar uma paradinha por ali para conhecer a famosa ponte e ver as pessoas saltando. Além disso, a ponte se encontra no Parque Nacional Tsitsikamma, que oferece outras atividades de aventura, como passeio de caiaque pelo rio Storms e arvorismo a 30m do chão.

Queria te convidar para assistir o vídeo dessa experiência fantástica de pular de bungee jump na África do Sul 😀

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Garden Route na África do Sul: um guia completo

A Garden Route é um percurso de 300km na África do Sul que vai de Mossel Bay a Storms River. Como eu tinha tempo, peguei o carro em Cape Town e fiz algumas cidades antes de ir direto para a Garden Route. No post de hoje eu mostro por onde parei e mais algumas informações que você pode precisar para organizar a sua viagem.

Quantos dias você precisa para a Garden Route?

Eu fiz a minha road trip toda em 9 dias. Mas lembrando que eu não fui direto para a Garden Route e passei em outras cidades antes. Eu acho que até precisava de mais dias para ver mais coisas. Mas se você quiser fazer o basicão da Garden Route sem parar nas cidades que eu parei antes dela, acho que você consegue fazer em 5 dias com calma.

Como alugar o carro para a Garden Route?

Eu aluguei na Avis em Cape Town para devolver em Porto Elizabeth. O aluguel saiu em torno de R$200/dia pois aluguei também um aparelho que me dava 1 giga de internet para GPS e trabalho (coisas de blogueira). Mas você pode cotar pela internet qual é a locadora de carro mais em conta e quanto fica. Lembre-se que devolver em outra cidade é sempre mais caro.

Existem outras maneiras de fazer a rota sem ser de carro?

Sim. Você pode fazer de ônibus. Também existe uma empresa chamada Baz Bus que faz algumas excursões com foco em backpackers (mochileiros). Dê uma consultada no site deles.

Estrada em terreno vulcânico que cruza as vinícolas da Garden Route, na África do Sul.

Além disso, várias empresas de turismo oferecem excursões de 3 a 6 dias pela Garden Route, ocasionalmente incluindo também visitas às vinícolas na África do Sul, próximas a Cape Town, e safáris em parques nacionais.

Quanto custa fazer a Garden Route?

Esses foram os meus gastos – tudo para duas pessoas em 9 dias:

p.s.: valores equivalentes a abril/2017. Adicione uns 10% por ano para ter um valor mais atualizado.

Garden Route Africa do Sul Amanda Viaja

Considerações:

  • A cotação da viagem era de aproximadamente 4 rands = 1 real
  • Viagem para duas pessoas
  • Não fizemos tudo o mais barato possível. Dá para você economizar mais se quiser.
  • Alugamos o carro em Cape Town com seguro completo e devolvemos em Porto Elizabeth, o que deixa mais caro do que devolver na mesma cidade. Também incluímos um aparelho de internet no aluguel.
  • Considere que houve um mergulho de tubarão (1600 rands) e um salto de bungee jump (1150 rands), as atrações mais caras do itinerário.
  • Não reservamos os hotéis com antecedência. No dia decidíamos em qual cidade dormiríamos, abria o Booking.com e pegava os hotéis com a oferta do dia.

O que fazer antes da Garden Route

Captura de tela do Google Maps mostrando cidades que passam pela Garden Route, na África do Sul.

Betty’s Bay

Uma passadinha rápida nessa cidadezinha (se é que se pode chamar assim) bem deserta só para dar uma olhada nos pinguins na praia. São muitos deles, livres, leves e soltos e com pouquíssimas pessoas por ali. Muito mais legal do que vê-los na Boulders Beach em Cape Town, uma das atrações da Península do Cabo.

Mas, please, please, please! Não seja como uma turista que eu vi correndo atrás de um pinguim para tentar tirar uma foto com ele. Quem não sabe respeitar o meio ambiente deveria ficar em casa.

Quanto tempo você precisa: uma hora (para ver os pinguins).

Hermanus

Uma cidade bacaninha e boa para visitar principalmente entre os meses de junho a outubro, que corresponde à época das baleias. Nesta cidade há até um festival de baleias — tudo gira em torno delas por ali. Eu não fui nessa época, mas escolhi como a cidade para passar a noite e tive um jantar especial no Fisherman’s — recomendo muito!

Pertinho de Hermanus está Gansbaai, uma cidade de pesca que é um bom lugar para fazer mergulho com tubarões brancos.

Passeio imperdível em Hermanus: viagem de barco com observação de baleias;

Quanto tempo você precisa: meio dia se não fizer nenhum tour, pelo menos um dia inteiro se fizer;

Onde ficar em Hermanus: Olive Cottage

Cape Agulhas

Ok. Eu tive o maior azar com Cape Agulhas. Essa foto sem graça aí embaixo foi a única que eu consegui tirar porque estava chovendo muito e super nublado. Não tem nada de mais na cidade ou no próprio ponto de Cape Agulhas a não ser a mística de que esse ponto divide o Oceano Atlântico do Oceano Índico. Se você não tiver tempo ou se o clima estiver ruim, não perca seu tempo.

Quanto tempo você precisa: meia hora no ponto. Mas como Cape Agulhas fica bem fora da rota, talvez você gaste meio dia para aproveitar apenas meia hora, entendeu?

Marco no Cabo das Agulhas indicando o encontro dos oceanos Atlântico e Índico.

Arniston

A cidade que roubou meu coração. Eu cheguei lá no meio de uma tempestade com ventos que pouca vezes vi igual. Achei que era injusto ver a cidade dessa forma e decidi passar a noite por lá para tentar conhecê-la melhor no dia seguinte. Foi uma boa decisão. Um cenário muito peculiar, com casas que lembram as do mediterrâneo, ruazinhas desertas, praias com dunas e rochas e, como se nada disso bastasse para tornar a cidade única, tinha também um caverna na praia. Imperdível.

Quanto tempo você precisa: meio dia, mas acho que vale passar uma noite lá;

Onde ficar em Arniston: Arniston Seaside Cottages.

De Hoop Nature Reserve

Quando chegamos a uma estrada de terra que o GPS apontava como caminho para a reserva natural De Hoop, eu e Pedro ficamos meia hora tentando decidir se deveríamos seguir em frente ou não. Dirigindo um carro simples, popular, ficamos nos perguntando se durante a hora e meia de viagem a estrada de terra seria ou tranquila ou se precisaríamos de um 4×4. Decidimos seguir em frente e, que bela surpresa!

Chegando na entrada do parque no meio de tantas fazendas, já vimos um monte de babuínos. Decidimos entrar e passar uma tarde. Tem coisas na África do Sul que não se explica. Pensa só: para chegar na reserva você pega uma estrada de terra entre fazendas, chega na reserva e tem… mar! Mar com dunas. Aí tem lagoa também, animais como zebra. Um monte de coisa num lugar só.

O De Hoop fica fora de qualquer rota. Mas se você tiver tempo, por que não? É lindo! E se for entre julho e outubro você ainda tem grandes chances de ver as baleias. Por ser uma área protegida, elas não correm risco nenhum e acabam chegando bem perto da praia.

Você pode se hospedar em umas cabanas na reserva também se quiser. Procure por De Hoop Collection. Eu não me hospedei porque era um sábado, estava rolando um casamento e as casas estavam lotadas.

Quanto tempo você precisa: meio dia.

Swellendam

Uma das cidades mais antigas da África do Sul, com arquitetura de casinhas holandesas lindas datadas de 1745. Saindo da estrada de terra voltando do De Hoop, de repente você vê essas cidadezinha no pé da montanha. Que charme. Que bom ter passado lá. Fomos jantar no Drostdy Restaurant bem no pôr do sol e tivemos uma bela surpresa com a profusão de cores ao mesmo tempo no jardim do restaurante, depois acendendo as velinhas. Melhor tarde. Dormimos uma noite lá e no dia seguinte pegamos estrada.

Quanto tempo você precisa: uma noite (chegue à tarde, aproveite o pôr do sol e saia na manhã seguinte);

Onde ficar em Swellendam: Cypress Cottage.

O que fazer na Garden Route

Captura de tela com roteiro da Garden Route no Google Maps.

Mossel Bay

A cidade que inicia oficialmente a Garden Route não me impressionou. Não vi muito charme ou algo diferente por ali. Acho que é uma cidade bacana se você quiser fazer algumas atividades: shark diving, passeio de barco para ver leões marinhos ou skydiving. Aqui é um bom lugar para inventar de fazer coisas.

A beleza natural não surpreende comparado a outros lugares de praia no país. Mas acabei voltando uns dias depois só para fazer o mergulho com o tubarão branco. Não tenho um bom restaurante para indicar, mas um bom lugar para café: The Blue Shed Coffee Roastery – vista bonita, lugar interessante.

Quanto tempo você precisa: meio dia (se não fizer nenhum tour);

Onde ficar em Mossel Bay: Protea Hotel by Marriot Mossel Bay.

Wilderness

Fui de passagem e fiquei uma hora lá. É uma praia bem deserta, gostosa para relaxar um tempo, fazer uma caminhada. Não custa parar…

Quanto tempo você precisa: uma hora.

Buffalo Bay

Foi chegar e me apaixonar. Tem duas praias que você nem sabe em qual ficar. Uma sugestão: fica em uma durante o dia e corre para ver o pôr do sol na outra que é de morrer. Caminhar na praia deserta, ver os cachorros por lá também, as pedras diferentes, enfim…

Gostei tanto que cheguei lá com o meu namorado na hora do almoço e almocei no único restaurante do lugar. Perguntei pro garçom sobre lugares para se hospedar por lá e ele me indicou a dona do restaurante que tinham várias casas pela praia. Conclusão: ficamos numa casa de frente para o mar que acomoda 4 pessoas por R$150/noite. Por favor, não deixem de dormir uma noite em Buffalo Bay e sentir a mágica do lugar.

Onde ficar em Buffalo Bay: numa casa (R$150 para 4 pessoas). Chegue no único restaurante da praia e pergunte sobre hospedagem.

Quanto tempo você precisa: um dia (se quiser dormir e ver o pôr do sol).

 

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África do Sul manda um beijo e pergunta quando você vem… ✌ @descubraafricadosul #sóaSAAteleva #AmandaViajaAfricaDoSul

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Knysna

Só passei para tomar café da manhã com vista num lugar beeem legal: East Head Cafe. Eles têm um deck ao ar livre que é delicioso.

Praia com orla rochosa em Knysna, na Garden Route, África do Sul.

Nature’s Valley

Foi uma ótima parada. De um lado praia e do outro lagoa onde você vê gente praticando stand up e kayaking. A praia tem um segredo interessante: se você for até o fim, na montanha, existe uma trilha que você sobe e vê uma prainha que se forma entre duas montanhas. Dá pra subir mais ainda, mas parei por ali mesmo. Ótimo lugar se você quiser relaxar na praia ou se divertir na lagoa. Também vi que dá para se hospedar por ali em várias cabanas e deve ser muito legal,  mas decidimos seguir em frente.

Não tem barraquinha e nem restaurante grudado na praia. Então é bom levar uns snacks.

Quanto tempo você precisa: meio dia (se não quiser dormir lá).

Plettemberg Bay

Em Plett’s Bay eu tomei o meu tempo para fazer uma trilha no Robberg Nature & Marine Reserve. A trilha pode ser de meia hora, duas horas (a que eu fiz) ou de quatro horas. Vale a pena se você gostar de trilha. Dá pra ver focas no caminho e, o mais interessante, você chega no topo de uma montanha e lá tem areia (e vento). É muito louco e difícil de entender.

Depois você desce para uma dessas praias desertas e bucólicas. Gostei muito desse passeio e olha que eu nem sou de trilha. Para essas trilhas em Robberg Nature você precisa de meio dia (na parte da manhã, porque a reserva fecha cedo).

Lugares para comer em Plett’s que eu adorei: Ristorante Enrico, com uma bela vista para o mar. Foi um dos melhores restaurantes que comi na África do Sul, de um italiano que faz tudo: de frutos do mar a massas. Para café da manhã: Lookout, também com vista para o mar (se você der sorte, pode ver até golfinhos).

Onde ficar em Plettemberg Bay (não recomendo) Bay View hotel;

Quanto tempo você precisa: um dia todo se quiser fazer a trilha do Robberg Nature e ainda curtir um pouco de Plett’s Bay. Foto: capenature.co.za Scott-N-Ramsay

Storms River e Tsitsikama National Park

Como eu amei esses lugares! A vilinha de Storms River é peculiar: diversas guests houses e uma ruazinha com uns quatro restaurantes, incluindo um com tema anos sessenta e uma pizzaria natureba rústica. Mas o legal mesmo são as atrações na região. O Parque Nacional Tsitsikama é imperdível! O ponto obrigatório lá é a ponte suspensa. Mas só de andar pelo parque, você já se impressiona. Eu fiquei com vontade de fazer arvorismo, kayaking, tubbing… Queria ter tido mais tempo para tudo.

É em Storms River também que fica a Bloukrans River Bridge onde tem o famoso bungee jump mais alto de uma ponte (para ver como é a experiência, dá uma olhadinha no vídeo desse post!). Se você não quiser pular, passa lá pelo menos para dar uma olhadinha e sentir o clima.

Tem também a Big Tree que é um lugar com árvores enormes numa floresta. Não é nada super especial, mas se você tiver tempo, por que não?

Passeio imperdível no Tsitsikama National Park: a ponte Bloukrans e o bungee jump;

Onde ficar em Storms River e Tsitsikama National Park: Swallows Nest Camp;

Quanto tempo você precisa: um dia inteiro se você incluir uma aventura (bungee jump, arvorismo, etc). Se quiser fazer mais de uma, melhor dois dias. Eu queria ter ficado mais.

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