Nessa minha última viagem para o Peru descobri um novo passeio a partir de Cusco que está começando a conquistar os turistas pela natureza exuberante e pela paisagem cinematográfica: a Laguna Humantay, com águas de impressionantes tons de azul e verde e rodeada por picos nevados.
Se você nunca ouviu falar sobre esse belo lago andino, abra uma nova aba no seu navegador, jogue Laguna Humantay no Google e se encante com as fotos incríveis. Vai lá, eu espero.
Agora que você já deve estar querendo saber como chegar nesse lugar fantástico, vou explicar tudo o que você precisa saber para organizar o seu passeio a partir de Cusco.
Onde fica a Laguna Humantay?
A Laguna Humantay se encontra a 4.630 metros sobre o nível do mar, aos pés da montanha de mesmo nome, que atinge 5.470 metros. Suas águas, de um intenso azul esverdeado, vem do degelo das montanhas vizinhas, criando um cenário contrastante entre os tons terrosos e o branco da neve.
Outro pico vizinho é o Salkantay, com 6.270m. Viajantes antenados talvez já saibam que esse é o nome de um dos circuitos de trekking a partir de Cusco, que tem como destino final Machu Picchu. Com uma duração de 4 ou 5 dias, é a alternativa mais popular ao clássico Caminho Inca, que tem limite de turistas por dia e exige reserva com meses de antecedência. Durante a trilha de Salkantay você passa pela Humantay.
Mas você não precisa passar por tamanha provação para se encantar com essa paisagem. Em apenas 1 dia, é possível conhecer a Laguna Humantay a partir de Cusco.
Uma publicação compartilhada por Amanda Noventa (@amandanoventa) em
Como ir até a Laguna Humantay?
O acesso a partir Cusco não é relativamente simples, mas pode ser um pouco demorado devido à situação da estrada. A primeira parte do trajeto, cerca de 100km até a cidade de Mollepata, é inteiramente asfaltado e em bom estado, apesar das muitas curvas.
Porém, a partir dessa cidadezinha, é necessário seguir para Soraypampa, a mais de 3.900 metros de altitude, por uma estrada de terra um tanto precária. É normal levar mais de 1h para percorrer cerca de 25km. Se você não estiver de carro, existem duas possibilidades para chegar ao ponto de partida da trilha até a Laguna Humantay.
Passeio com a agência
A solução mais fácil é naturalmente contratar um tour em Cusco. Várias agências, entre as quais a Qorianka tour, que eu pessoalmente recomendo bastante, oferecem um passeio de dia inteiro para a Laguna Humantay, por preços a partir de US$40 num tour em grupo. As empresas costumam passar no seu hotel por volta das 4h da manhã, com retorno à Cusco previsto para 18h. Inclui o transporte, café da manhã e almoço. Levando em conta o conforto e a praticidade de fazer o passeio com uma agência, considero a melhor opção.
Mas, se você quer uma dose extra de aventura, é possível fazer por conta própria. Para isso, é necessário pegar um coletivo (passagem 15 soles) até Mollepata na Avenida Arcopata, em Cusco. Depois, é preciso conseguir um carro ou taxi que leve até Soraypampa. No restaurante La Casona, na praça principal da cidade, eles ajudam os turistas a organizarem essa saída.
Os motoristas cobram cerca de 130 soles, o que pode valer a pena se for dividido entre mais passageiros. Se você estiver sozinho ou com apenas um companheiro de viagem, o trabalho extra dificilmente vale a pequena economia. Lembre-se também que é necessário sair cedo para ter tempo o suficiente para fazer a trilha. E uma dica extra: comprem uma lata de oxigênio na farmácia para levar caso você passe mal.
A trilha para a Laguna Humantay
O caminho começa no mesmo ponto da famosa Trilha Salkantay, a aproximadamente 3.900m, e termina a mais de 4.200m, às margens do lago. O percurso é de aproximadamente 3,5 km, totalizando 7km ida e volta. Assim como na Rainbow Mountain, é possível fazer uma parte do caminho sobre o lombo de um cavalo (por 70 soles). Eu realmente não recomendo essa opção, porque os cavalos são bem explorados.
A parte inicial do trajeto é razoavelmente plana, mas finalizado primeiro quilômetro começa a subida, bastante íngreme. Nesse começo, inclusive, você vai se deparar com várias fazendas e hospedagens para quem faz a trilha Salkantay.
Normalmente, as pessoas levam cerca de 1 hora e meia para subir (1 hora plano + 30 min de subida) até a Laguna Humantay e 1h20 para retornar. Quem tiver pique, pode subir até um mirante próximo ao lago de onde se tem uma vista sensacional. Muitos acham que para baixo todo santo ajuda, mas é necessário ter cuidado na descida, uma vez que o terreno é irregular e tem muitas pedras soltas.
Chegando bem cedinho lá você pode ainda encontrar a laguna vazia. Em torno das 9h30, 9h45 é quando as pessoas começam a chegar.
A altitude na Laguna Humantay
Os números podem até parecer modestos, mas ganham outro significado quando consideramos a altitude. Você sabia que a cada 100m acima do nível do mar, perdemos aproximadamente 1% de oxigenação? Ou seja, no ponto mais alto da trilha, você tem apenas uns 60% do oxigênio ao qual está acostumado!
Ao fazer atividades que exigem mais esforço físico, como a trilha para a Laguna Humantay, você pode ter sintomas como fadiga, dor de cabeça, enjoo e até vômitos. Eu já falei sobre o Mal de Altitude aqui no blog, incluindo dicas de como prevenir esse mal estar.
O segredo é andar devagar, com passos curtos, respirando fundo. Acredite, a vista de tirar o fôlego (literalmente) no final vai valer a pena.
Não se esqueça
É super importante fazer um seguro viagem para ir ao Peru. É comum as pessoas passarem mal por conta da altitude ou você pode se machucar em alguma trilha, enfim… é bom estar preparada num caso de emergência. Na minha última viagem, 2 pessoas do meu grupo precisaram de um médico. Te aconselho a cotar um seguro de viagem neste site que possui quase todos os seguros do mercado e utilize meu código para 10% de desconto: AMANDAVIAJA10
Melhor época para visitar a Laguna Humantay
A região de Cusco tem duas estações: a seca, de abril a outubro, e a chuvosa, de novembro a março. A temporada sem chuvas é, naturalmente, a melhor época para fazer qualquer atividade ao ar livre, principalmente as que envolvem trilhas.
Vai fazer Humantay + Rainbow Mountain + Machu Picchu?
Machu Picchu é fácil porém cansativo. Rainbow é difícil e cansativo e Humantay é mais cansativo ainda. Portanto, a minha sugestão é que você dê um espaço de um dia entre um passeio e outro para descansar pegando leve no turismo.
Apesar de não estar entre os principais destinos turísticos, a cidade de Bremen, na Alemanha, é um lugar que vale a pena conhecer em uma viagem pelo norte do país. Dona de um dos maiores portos alemães, a cidade é historicamente um importante centro comercial e industrial. Algo que notamos por sua imponente arquitetura e pelas construções medievais ainda hoje preservadas.
Uma publicação compartilhada por Amanda Noventa (@amandanoventa) em
Onde fica Bremen?
Bremen está localizada bem ao norte da Alemanha, a apenas 120 km de Hamburgo, o principal centro da região. De Berlim, no leste do país, são aproximadamente 390 km, e de Colônia, um importante pólo turístico a oeste, já quase na fronteira com a Bélgica, são cerca de 320 km.
Uma curiosidade de Bremen é que se trata de uma cidade-Estado, assim como Berlim e Hamburgo. A diferença é que ela é composta por duas cidades diferentes, Bremen propriamente dita e Bremerhavn, o centro portuário a 60 km de distância, onde as águas do rio Weser desaguam no Mar do Norte.
Como chegar em Bremen, Alemanha?
Se você já estiver em Hamburgo ou outra cidade próxima, como Hanôver, eu acho que vale bem mais a pena ir de trem (confira as passagens no site da Deutsch Bahn). Em menos de 1h30 você chega já no centro da cidade. Mesmo a partir de Berlim pode valer a pena pegar um trem com uma viagem em torno de 3 horas para chegar em Bremen.
De qualquer maneira, é fácil chegar de avião a partir de qualquer cidade na Alemanha,. O aeroporto local, Flughafen Bremen, localizado a apenas 3,5 km do centro, recebe voos nacionais e internacionais. A maneira mais fácil de ir e voltar do centro é com os bondes BSAG — a viagem é direta e leva menos de 15min.
Quanto tempo ficar em Bremen, Alemanha?
Muita gente visita Bremen como um bate-volta a partir de Hamburgo, assim como o fazem com a cidadezinha de Lübeck. Mas eu, pessoalmente, acho que vale ficar pelo menos uma noite.
Apesar de ser possível conhecer o centrinho histórico em um dia, dois dias é o tempo ideal para chegar em Bremen, passear pela região mais turística e ainda visitar com calma algumas das principais atrações, como os edifícios ou os museus da cidade.
Além disso, Bremen é uma cidade ótima para encaixar em um roteiro de carro em direção à Frankfurt, passando pela Rota dos Contos de Fada, ou em direção ao noroeste da Alemanha, para cidades como Düsseldorf, Colônia e Bonn.
Quando ir a Bremen, Alemanha?
Quando perguntadas sobre a melhor época para viajar para a Alemanha, as pessoas invariavelmente respondem primavera e verão, ou seja, de abril a setembro, outubro no máximo. Nessa época as temperaturas são mais altas e os dias costumam ser mais ensolarados. Ainda mais considerando o norte da Alemanha, que é bem úmido e ventoso.
Mas devo dizer que viajei no outono, no comecinho de novembro, e achei linda a paisagem com todos aqueles tons de laranja e vermelho. Mais para o fim da estação, em dezembro, as folhas das árvores já caíram completamente e se vai um pouco o charme dessa época. Sem contar que no inverno o frio é bem rigoroso.
Onde se hospedar em Bremen, Alemanha?
Eu considero como opção de hospedagem mais interessante (e charmosa!) o centro histórico, ou seja, Altstadt. Mas tem que pesquisar onde ficar em Bremen com atenção, porque nessa região os hotéis costumam ser ou bem mais caros ou mais antiguinhos, sem a melhor das infraestruturas.
Outra alternativa são os hotéis entre a antiga cidade murada e a estação de trem, nos arredores do canal do rio Weser. Você estará na parte nova de Bremen, mas a poucos passos da área histórica. Confira algumas opções:
Esse foi o hotel onde eu fiquei em Bremen, localizado entre a estação de trem e o parque Bürgerpark (de alguns quartos só se vê verde pela janela!). Ele tem um jeito de hotelzão clássico, com uma decoração um pouco antiquada, mas tudo no melhor padrão de conforto. Instalações completas, com bar, dois restaurantes, piscina aquecida, sauna, spa, academia e business center.
Uma ótima alternativa onde ficar em Bremen para quem está com o orçamento mais apertado. Os quartos e banheiros seguem aquele padrão do Ibis Budget: compactos, mas com limpeza caprichada e com tudo que você precisa para uma estadia confortável.
Localização, localização, localização! Melhor qualidade desse hotel, situado bem em frente à Markplatz. O edifício, naturalmente, é antigo, mas todos os espaços foram recentemente restaurados e têm uma decoração moderninha.
Um dos hotéis mais descolados em Bremen, em que cada ambiente tem um design único. Os quartos são bem espaçosos e muito aconchegantes, alguns têm vista para o rio Weser. Hotel 4 estrelas, com direito a piscina coberta, sauna, academia e restaurante próprio. A localização central, no calçadão de Schlachte, é conveniente para quem quer ficar perto não somente das atrações turísticas mas também de bares e restaurantes.
Uma coisa que me chamou atenção pesquisando por hotéis no Booking é a quantidade de apartamentos bem-avaliados disponíveis para alugar. Se você não faz questão dos serviços e da infraestrutura de hotel, pode ser uma opção interessante.
Se você ainda não tem conta no Airbnb, cadastre-se já através desse link e ganhe R$179 de desconto na sua primeira reserva.
Onde comer em Bremen, Alemanha?
Acho que uma das coisas mais legais para fazer em Bremen é perambular pelas ruas do centro histórico e escolher o café ou restaurante que parecer mais charmoso — embora isso possa ser difícil, já que são tantos!
Em Schlachte, o calçadão na beira do rio Weser, também há muitas opções de restaurantes e bares. Ali pode ser uma boa para passear durante o atardecer e depois escolher um lugar para comer. Eu selecionei 5 lugares para comer bem em Bremen:
Markthalle 8
Domshof 8-12
Bem central, é um tipo de mercadão, com barracas de comida de vários cantos do mundo. O ambiente é descolado, tipo um galpão com vários ambientes e mesas para compartilhar. Às vezes tem música ao vivo e pode ser um lugar legal para conhecer outros viajantes.
Teestuebchen im Schnoor
Wüstestätte 1
Acho esse café uma boa escolha depois de perambular pelas ruelas de Schnoor. Não tem como não se encantar com a casinha em estilo enxaimel — dá vontade de parar nem que seja para um cafezinho. Eles servem sanduíches, doces e outras comidinhas, tudo em um lindo conjunto de louças.
Kleiner Olymp
Hinter der Holzpforte 20
Ótimo lugar para experimentar pratos típicos do norte da Alemanha, em um ambiente super tradicional (a casa é do século 17 e o restaurante funciona aqui desde os anos 60). O restaurante é tão popular que pode ser difícil conseguir mesa nos horários mais cheios.
A comida é caseira e as porções bem fartas. Um dos pratos tradicionais é o Bremen Pannfisch, um peixe local assado com molho de mostarda e batatas fritas com cebola e bacon, servido em uma panela quente. Também tem uma boa seleção de cervejas da região.
Fisherman’s Seafood
Am Wall 201
Como o nome bem indica, a especialidade desse restaurante é o que cair na rede! Elogiado pelos pescados e frutos do mar bem fresquinhos, tem como destaque os pratos típicos com peixes do Mar do Norte, como o Scholle mit Nordseekrabben, um tipo de linguado com camarões.
O restaurante fica um pouco escondido, dentro de um edifício público, junto com o fórum e a biblioteca estadual. Mas acredite, pela comida gostosa e pelo preço acessível, vale a pena o esforço em encontrá-lo!
Bremen Ratskeller
Am Markt
Localizado junton à Câmara Municipal, no coração da cidade velha, o Bremer Ratskeller tem mais de 600 anos. Originalmente, era a adega do Conselho de Bremen, utilizada para armazenar a produção do vinho branco na região (até 1815, ninguém podia produzir a bebida sem autorização do conselho, que controlava os preços e as taxas do produto).
Hoje, é um restaurante tradicional com uma atmosfera incrível — as mesas estão no porão, ao lado de enormes barris de vinho. Aliás, o barril de vinho mais antigo da Alemanha, de 1653, se encontra bem aqui, junto com outros 650 rótulos.
O que fazer em Bremen, Alemanha?
Há muito o que fazer em Bremen, a começar pelo estilo medieval do seu centro histórico. Como um dos portos mais importantes da Liga Hanseática, Bremen acumulou muita riqueza. Para quem não sabe, essa era uma aliança entre cidades mercantis que detiveram o monopólio comercial de todo o norte da Europa e dos Bálticos durante a Idade Média.
Essa prosperidade, é claro, se nota nos edifícios públicos da época, hoje alguns dos principais atrativos da cidade. A seguir, listo alguns dos pontos de maior interesse turístico em Bremen:
Altstadt
Essa é a parte antiga da cidade, que costumava ser protegida por muralhas. Ainda hoje é possível reconhecer seu formato oval, numa espécie de ilha: ao sul estava o rio Weser e ao norte o Stadtgraben, que antigamente era um fosso.
O legal é se perder pelas ruelas do centro histórico, mas há uma via que você não pode perder: a Böttcherstraße, uma rua de apenas 100m de extensão. Ela é famosa por sua arquitetura inusitada, uma variação do expressionismo, com construções inteiramente de tijolos.
A maioria dos prédios foram construídos nos anos 20 pelo arquiteto Bernhard Hoetger sob encomenda do comerciante de café Ludwig Roselius, ambos simpatizantes do nazismo e de várias de suas ideologias.
No número 6, você encontra uma controversa fachada com relevo em ouro, que seria uma homenagem a Adolf Hitler. Também vale reparar na Haus desGlockenspiel, um prédio com um carrilhão de 30 sinos de porcelana, que até hoje ecoa três vezes ao dia.
Markplatz
A Markplatz, ou Praça do Mercado, é o coração do centro antigo, onde aconteciam todas as atividades comerciais durante a Idade Média. Não estranhe se você encontrar, além dos edifícios históricos restaurados, alguma feirinha rolando. Ainda hoje, vendedores de flores e legumes montam suas barraquinhas na praça.
Rathaus
O edifício da Câmara Municipal é um dos mais impressionantes da Markplatz, principalmente à noite, com a sua fachada renascentista iluminada. Construída no século 15, é a única prefeitura do mundo listada como Patrimônio Mundial da Unesco.
Bem à sua frente se encontra a imponente estátua de Roland (com mais de 5 metros de altura!), um cavaleiro medieval que, segundo as lendas, seria sobrinho de Carlos Magno e protetor da liberdade e independência de Bremen.
Ao lado do prédio da prefeitura, se encontra outra escultura famosa, a dos Músicos de Bremen, talvez os personagens mais reconhecidos da cidade. No conto de fadas escrito pelos Irmãos Grimm, um burro, um cachorro, um gato e um galo são maltratados por seus donos. Unidos, eles decidem fugir para Bremen e se tornarem músicos.
Se a história lhe parece apenas vagamente familiar, talvez ajude saber que o conto foi a inspiração para a peça infantil Os Saltimbancos.
St. Petri Dom
A Catedral de Bremen, dedicada a São Pedro, é facilmente reconhecível da praça (ou de qualquer lugar próximo, na verdade) por suas duas imensas torres. Construída desde meados do século 11, a igreja já teve diversos estilos arquitetônicos e até mesmo tipos de culto! Se na Idade Média era católica, após a Reforma Protestante no século 16 passou a ser Evangélica/Luterana.
Na extremidade oposta da praça, do outro lado do Rathaus, é possível observar outro templo, com uma única torre pontiaguda. Trata-se da Igreja de Nossa Senhora.
Schnoor
Um dos bairros mais antigos de Bremen, era o lar de pescadores e marinheiros durante a Idade Média. Tanto é que daí vem o seu nome: schnur, em alemão, significa corda, material utilizado na confecção artesanal das embarcações da época.
A região é toda charmosa, com ruas de paralelepípedo e casinhas medievais ocupadas por lojas e cafés. É legal reparar nas plaquinhas do comércio local, algumas têm bem cara de século 21!
Schlachte e rio Weser
Outro passeio imperdível em Bremen é o calçadão às margens do rio, conhecido como Schlachte. Onde antes funcionavam armazéns, hoje há dezenas de bares, restaurantes e áreas de lazer utilizadas pela população para relaxar.
Viertel
A região de Viertel, formada pelos bairros de Ostertor e Steintor, a leste de Altstadt, é a parte residencial e boêmia de Bremen. É onde você pode sair para tomar uma cerveja à noite ou encontrar lojas de marcas locais.
Parque Wallanlagen
Ao norte de Altstadt está esse parque ao redor do que seria o antigo fosso medieval. Seu formato é um tanto curioso, ele acompanha as águas fazendo um ziguezague. Deve ser gostoso passear por aqui na primavera, quando os jardins ficam repletos de tulipas.
No interior do parque ainda é possível encontrar um dos moinhos de vento que eram utilizados nos séculos 18 e 19, hoje transformado em restaurante. Outros parques de Bremen são o Osterdeich, às margens do rio Weser, e o Bürgerpark, uma extensa área verde atrás da estação de trem.
Museus em Bremen, Alemanha
Quem ficar pelo menos uma noite em Bremen, pode dedicar um tempinho a conhecer algum dos museus da cidade. Os três mais interessantes são:
Kunsthalle
Museu de arte com pinturas, esculturas e artes gráficas dos últimos 600 anos. O destaque da coleção são pinturas francesas e alemãs dos séculos 19 e 20. As galerias estão localizadas no parque Wallanlagen, entre Schnoor e a região de Viertel, então pode valer uma passadinha para quem estiver fazendo esse percurso.
Museu Paula Modersohn-Becker
Inaugurado em 1927, esse museu foi o primeiro no mundo a ser dedicado a obra de uma pintora mulher! Paula Modersohn-Becker foi uma das primeiras representantes do movimento expressionista no seu país e não por acaso seu museu está instalado em um dos edifícios construídos por Bernhard Hoetger na rua Böttcherstrasse.
Universum Science Center
Um pouco longe do centro da cidade (mas facilmente acessível de tram), junto à Universidade de Bremen, está o Universum, um museu de ciência e tecnologia. Com vários experimentos e exposições interativas, o museu tem uma abordagem divertida do estudo de fenômeno naturais.
Acho que é particularmente legal para quem está acompanhado de crianças, mas vale comentar que o material didático está disponível apenas em inglês e alemão.
Rota dos Contos de Fadas
E falando em crianças, não consigo pensar em um passeio mais ideal para os pequenos que esse. Você consegue imaginar um roteiro turístico que passa por cenários e referências para as histórias da Rapunzel, Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho, entre outras? Pois é mais ou menos essa a proposta da Rota dos Contos de Fadas.
São aproximadamente 600 km a partir de Bremen, Alemanha. O destino é Hanau, um charmoso vilarejo a 25km de Frankfurt, colocado no mapa pelos irmãos Grimm, que ali nasceram. Ao longo da rota estão diversas cidades e povoados que inspiraram algumas das mais famosas fábulas infantis, compiladas e adaptadas pelos irmãos Grimm.
Eu infelizmente não pude fazer essa rota, mas selecionei alguns destaques para quem tiver interesse. Esse seria o itinerário, considerando a partida de Bremen e chegada em Hanau:
Hamelin: museus, cidade do Flautista de Hamelin
Ebergötzen: moinho Wilhelm Busch (da história de Max e Moritz)
Hofgeismar: castelo Sababurg (da Bela Adormecida), palácio Schönburg
Kassel: patrimônio da Unesco, museu dos Irmãos Grimm
Marburg: cidade medieval, museus, castelo Landgrafenschloss
Schwalmstadt: torre da bruxa, floresta inspiração para Chapeuzinho Vermelho
Trendelburg: castelo, floresta Reinhardswald
Steinau: casa dos Irmãos Grimm
Hanau: Monumento nacional Irmãos Grimm, castelo Philippsruhe
É possível descobrir mais informações sobre a Rota dos Contos de Fadas aqui.